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Troca de comando na Suzano, inflação nos EUA e reforma tributária: os assuntos que movem o mercado

Os investidores aguardam nesta quinta-feira, os dados de inflação dos Estados Unidos

Inflação americana: indicador serve como termômetro para o FED (Leandro Fonseca/Exame)

Inflação americana: indicador serve como termômetro para o FED (Leandro Fonseca/Exame)

Publicado em 29 de fevereiro de 2024 às 07h53.

Após a divulgação do Produto Interno Bruto (PIB) americano no quarto trimestre, que cresceu 3,2% no quarto trimestre de 2023, na comparação com o mesmo período do ano passado, os investidores acompanham nesta quinta-feira, 29, a divulgação dos dados de inflação no país.

O Índice de Preço sobre Consumo Pessoal (PEC em inglês) será divulgado às 10h30. As projeções do mercado para o PCE dos EUA em janeiro apontam para um crescimento de 0,4% na base mensal frente a um aumento de 0,2% no mês anterior. Em relação ao acumulado dos últimos 12 meses, a expectativa é de avanço de 2,4%. O PCE é importante porque é principal termômetro do Federal Reserve (Fed, banco central americano) para medir a inflação de lá — que, enquanto não atingir a meta de 2%, sustentará a taxa de juro em patamares elevados.

Suzano

No radar corporativo, a Suzano (SUZB3) anunciou a transição da cadeira de CEO. No comando da empresa de celulose há 11 anos,  Walter Schalka será substituído por João Alberto Fernandez de Abreu, atualmente no comando da Rumo, empresa de ferrovias pertecente à Cosan. Em entrevista à EXAME Insight, Schalka disse que o processo de transição passou a ser debatido a partir da previsão da entrega do Projeto Cerrado, que começa a operar a partir de julho, justamente quando Abreu deverá assumir como CEO -- até lá, desde 2 de abril, ele e Schalka atuarão em conjunto para a passagem de bastão.  

Na noite de ontem, a companhia divulgou seu lucro líquido quarto trimestre de 2023, que foi de R$ 4 515 bilhões, o que representa uma queda de 39% ante o mesmo período de 2022. Na comparação trimestral, a produtora de celulose conseguiu reverter o prejuízo de R$ 729 milhões apurado no intervalo anterior, decorrente do impacto negativo da desvalorização cambial. De acordo com a Suzano, a queda no lucro na comparação anual é explicada, principalmente, pela redução no resultado operacional (queda da receita líquida), parcialmente compensada pela redução na despesa com o imposto de renda e contribuição social sobre lucro líquido (IR/CSLL) e maior receita financeira.

Ambev

A Ambev também divulgou seus dados do quarto trimestre. No período, a companhia teve lucro líquido consolidado de R$ 4,528 bilhões no quarto trimestre de 2023, o que representa uma queda de 10,9% em relação ao mesmo período do ano anterior. A empresa também divulgou lucro líquido ajustado, de R$ 4,667 bilhões, montante 11,9% menor que o apurado um ano antes.

O Ebitda (lucro antes dos juros, impostos, depreciação e amortização) ajustado foi de R$ 7,151 bilhões, montante 0,6% maior ante igual etapa do ano anterior no conceito reportado e avanço de 49% no conceito orgânico.

Cenário político

No cenário político, os investidores acompanham o andamento da reforma tributária. O vice-presidente e ministro do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços, Geraldo Alckmin (PSB), informou na última quarta-feira, 28, que o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, deve encaminhar até o fim de março as propostas de regulamentação da reforma tributária. Durante entrevista à jornalista Miriam Leitão, da GloboNews, Alckmin elogiou a reforma.

O vice-presidente afirmou ainda que o governo tem confirmados R$ 55 bilhões em investimento na indústria automotiva, sem contar possíveis novos aportes da Toyota e da Stellantis. "Podemos chegar perto de R$ 100 bilhões", disse.

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