BRICS podem ter agência de rating própria, diz embaixador
Embaixador brasileiro na Rússia diz que experts dos BRICS vão se encontrar em março para discutir agência de rating alternativa às três grandes do mercado
João Pedro Caleiro
Publicado em 29 de janeiro de 2015 às 14h02.
São Paulo - Um grupo de experts dos cinco países do BRICS deve se encontrar em março para discutir a ideia de estabelecer uma nova agência de rating independente.
A declaração foi feita ontem pelo embaixador brasileiro na Rússia , Jose Valim Antonio Guerreiro, para a agência de notícias russa RIA:
"Um grupo de contato em questões econômicas e de comércio está trabalhando por meio de experts. A proposta de estabelecer uma agência de rating entre os BRICS foi colocada em consideração, e será discutida em mais detalhe em março no próximo encontro deste grupo".
Guerreiro diz que a ideia não é resistir às "três grandes" - Fitch, Standard & Poor's e Moody's - e sim oferecer uma alternativa:
"Elas fazem seu trabalho, e certamente existe uma demanda para seus serviços. Mas é possível que os países do BRICS desenvolvam uma abordagem diferente".
A Standard & Poor's rebaixou nesta semana o rating soberano da Rússia para BB+, já em território "especulativo". O Brasil perdeu um degrau da nota no ano passado, mas continua com grau de investimento.
Uma nova agência de rating seria um passo significativo no processo de integração dos BRICS, que ganhou força com a criação de um Banco de Desenvolvimento para se contrapor ao FMI e ao Banco Mundia em julho do ano passado.
São Paulo - Um grupo de experts dos cinco países do BRICS deve se encontrar em março para discutir a ideia de estabelecer uma nova agência de rating independente.
A declaração foi feita ontem pelo embaixador brasileiro na Rússia , Jose Valim Antonio Guerreiro, para a agência de notícias russa RIA:
"Um grupo de contato em questões econômicas e de comércio está trabalhando por meio de experts. A proposta de estabelecer uma agência de rating entre os BRICS foi colocada em consideração, e será discutida em mais detalhe em março no próximo encontro deste grupo".
Guerreiro diz que a ideia não é resistir às "três grandes" - Fitch, Standard & Poor's e Moody's - e sim oferecer uma alternativa:
"Elas fazem seu trabalho, e certamente existe uma demanda para seus serviços. Mas é possível que os países do BRICS desenvolvam uma abordagem diferente".
A Standard & Poor's rebaixou nesta semana o rating soberano da Rússia para BB+, já em território "especulativo". O Brasil perdeu um degrau da nota no ano passado, mas continua com grau de investimento.
Uma nova agência de rating seria um passo significativo no processo de integração dos BRICS, que ganhou força com a criação de um Banco de Desenvolvimento para se contrapor ao FMI e ao Banco Mundia em julho do ano passado.