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Armênia: país recebe COP17, em 2026.
Editora ESG
Publicado em 2 de novembro de 2024 às 09h16.
Na noite de sexta-feira, 1, a Armênia foi anunciada como anfitriã da COP17, próxima edição da conferência de biodiversidade das Nações Unidas, que acontece em 2026. O país recebeu 65 dos 123 votos, no dia de encarramento da COP16, em Cali, na Colômbia. Na disputa, inicialmente corriam também Azerbaijão e Uzbequistão. Este último, porém, desistiu do pleito, deixando que a concorrência fosse apenas entre os dois países inimigos, que há anos vivem em conflito.
A decisão de ter a sede da conferência em alguma nação da Europa Central e Oriental foi tomada na COP13, em Cancun, no México. E as opções incluiam a Rússia, aliada do Azerbaijão. Historicamente, as regiões se organizam para apresentar um único candidato. Nesta eleição, no entanto, não houve consenso sobre qual seria o local, depois que a negociação desandou com a retomada da guerra pelo controle de Nagorno-Karabakh, região separatista de etnia armênia.
Desde a criação da Conferência da Biodiversidade, em 1992, esta foi a primeira vez que os membros tiveram que escolher entre dois candidatos, em uma votação secreta.
Pressão por acordo pré COP29
Ex-repúblicas soviéticas, o Azerbaijão e a Armênia se enfrentam há décadas. O primeiro confronto aconteceu no início da década de 90, após a queda da União Soviética, numa disputa protagonizada por forças do Azerbaijão e separatistas armênios pela região de Nagorno-Karabakh, no Cáucaso, povoada principalmente por armênios.
Só em 1994, com um cessar-fogo mediado pela Rússia, as duas nações selaram um acordo em que a Armênia assumiu o controle do território e algumas regiões adjacentes. Mais recentemente, em setembro de 2023, o local foi retomado por Baku em uma operação militar. A população inteira, de quase 120 mil pessoas fugiu na Armênia. E as tratativas de paz voltaram aos holofotes mundiais, sobretudo pelo fato de o Azerbaijão receber, entre 10 e 22 de novembro, a COP29.