27 de janeiro de 2025 às 11:31
Um estudo do Unicef revelou que, em 2024, mais de 242 milhões de crianças e adolescentes, de 85 países, tiveram suas rotinas escolares interrompidas por causa de eventos climáticos extremos.
O relatório, divulgado nesta quinta-feira (23), no Dia da Educação, é o primeiro a abordar os impactos diretos da crise climática na educação global.
O Brasil aparece como um dos países mais afetados, com 1,17 milhão de estudantes prejudicados. No Rio Grande do Sul, as fortes chuvas de maio deixaram 740 mil alunos sem aula, após o fechamento de 2.338 escolas estaduais.
Outro fator destacado foi a seca na região amazônica, que atingiu comunidades indígenas e não indígenas. No total, mais de 100 escolas indígenas e 1.600 fora dessas áreas suspenderam as aulas, prejudicando 436 mil estudantes.
O relatório alerta que fenômenos climáticos, como secas, enchentes e ondas de calor, destroem infraestruturas escolares, bloqueiam acessos e expõem crianças a riscos físicos, ampliando as desigualdades no acesso à educação.
“O corpo das crianças é especialmente sensível ao calor extremo, o que compromete não apenas sua saúde, mas também sua concentração em ambientes sem proteção adequada”, explicou Catherine Russell, diretora-executiva do Unicef.