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TikTok sai do ar nos EUA após lei 'banir ou vender' entrar em vigor

Rede social utilizada por 170 milhões de norte-americanos é removida de lojas de aplicativos e se torna inacessível na web

 (Dan Kitwood/Getty Images)

(Dan Kitwood/Getty Images)

André Lopes
André Lopes

Repórter

Publicado em 19 de janeiro de 2025 às 08h12.

Última atualização em 19 de janeiro de 2025 às 10h20.

O TikTok foi oficialmente retirado de operação nos Estados Unidos após a entrada em vigor de uma lei que exige que a empresa-mãe do app, a chinesa ByteDance, venda grande parte de sua participação ou enfrente um bloqueio total no país. A decisão afeta um dos aplicativos de maior popularidade nos EUA, usado por 170 milhões de pessoas, segundo dados da própria plataforma.

TikTok vs. EUA: CEO do app agradece Trump por 'compromisso em encontrar solução'

Desde a noite de sábado, 18, usuários relataram que o aplicativo se tornou inutilizável. Uma mensagem de aviso começou a aparecer dentro do TikTok, informando sobre a suspensão dos serviços no país. "Lamentamos que uma lei dos EUA banindo o TikTok entre em vigor em 19 de janeiro, forçando-nos a tornar nossos serviços temporariamente indisponíveis", dizia o comunicado.

Em dispositivos móveis, o app foi removido das lojas da Apple e do Google, e quem tenta acessá-lo encontra uma mensagem informando que o TikTok “não está disponível no momento”. Aplicativos relacionados, como o editor de vídeo CapCut e a rede social Lemon8, também foram retirados do ar nos Estados Unidos.

Pressão política e resistência da ByteDance

A lei que entrou em vigor no domingo, 19, apelidada de "ban-or-divest law" (lei de banir ou vender), exige que a ByteDance se desfaça de grande parte de sua participação na TikTok para continuar operando no país. No entanto, a empresa chinesa mostrou resistência em cumprir a exigência. Em resposta, a ByteDance recorreu à Justiça, mas perdeu o caso na Suprema Corte dos EUA na última semana.

O cenário se complicou ainda mais após a administração Biden transferir a responsabilidade pela questão ao governo Trump, que retorna ao poder em 20 de janeiro. Apesar de ter iniciado o movimento de banimento do TikTok, Trump recentemente sinalizou que deseja encontrar uma solução para que o app permaneça no país.

Segundo um memorando interno enviado aos funcionários do TikTok, há otimismo sobre a possibilidade de reverter o bloqueio. "O presidente Trump indicou que trabalhará conosco em uma solução para reinstalar o TikTok assim que ele assumir o cargo", dizia a nota. No entanto, nenhuma decisão definitiva foi apresentada até agora.

TikTok suspenso, mas não descartado

Embora o banimento represente um marco na história das redes sociais – com o TikTok sendo o primeiro aplicativo de grande escala a ser completamente bloqueado em um país ocidental – especialistas apontam que a situação ainda está longe de uma resolução definitiva. Nenhuma das partes envolvidas, incluindo a ByteDance, a administração Biden, ou o governo Trump, apresentou um plano claro para o futuro da plataforma.

A ByteDance, por sua vez, não deu sinais de aceitar a venda, enquanto Trump aventou a possibilidade de estender o prazo por 90 dias para que uma solução seja negociada. No entanto, o jogo político em torno da situação levanta dúvidas sobre a rapidez ou a viabilidade de um retorno da plataforma.

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