Loja da Apple: modelo 15 do iPhone será lançado no dia 12 de setembro (Chris Ratcliffe/Bloomberg/Getty Images)
Repórter
Publicado em 11 de setembro de 2023 às 19h18.
Última atualização em 12 de setembro de 2023 às 16h14.
Nesta terça-feira, 12, a Apple lançará o iPhone 15, juntamente com atualizações modestas em sua linha de relógios e AirPods. Em um movimento que não é novidade para a empresa, há um foco contínuo em incentivar os consumidores a optarem por modelos superiores.
Para entender melhor o motivo da Apple apostar no preço alto, vale avaliar quando a empresa implementou a prática.
Desde 2016, as vendas unitárias do iPhone têm se mantido estáveis, variando entre 200 e 220 milhões de dispositivos por ano. No entanto, a Apple traçou estratégias para aumentar sua receita, mesmo em mercado que passa uma estabilização no volume de vendas.
Em 2017, essa abordagem tornou-se clara com o lançamento do iPhone X por US$ 999. A estratégia resultou em um crescimento de receita de cerca de US$ 70 bilhões.
Já em 2019, a Apple mudou sua métrica de sucesso, deixando de relatar as vendas unitárias e se concentrando no rendimento de cada produto.
No lançamento do modelo 15, os iPhones de última geração terão preços superiores em determinados mercados, justificados por componentes como armações de titânio, sensores de câmera aprimorados e mais armazenamento.
Além disso, a versão Pro do iPhone 15 terá vantagens adicionais, como uma bateria de maior durabilidade, velocidades de transferência de dados USB-C mais rápidas e design aprimorado.
Vale destacar também a novidade no modelo Pro Max: a introdução de uma lente de periscópio, que duplica a capacidade de zoom óptico do smartphone.
Complementando a série de lançamentos, os novos Apple Watches contam com um upgrade de desempenho. Mas para obter recursos como caixa de titânio, tela ampliada e bateria prolongada, os consumidores precisarão optar pelo modelo Ultra.
Os AirPods, por sua vez, terão suporte para carregamento USB-C no modelo premium.
Tudo isso ocorre em um cenário desafiador para a Apple. O setor tem experimentado uma demanda retraída por smartphones, afetando as vendas em vários trimestres. Além disso, o mercado chinês apresenta incertezas, com restrições governamentais e a presença de concorrentes locais fortes, como a Huawei.
Diante destes desafios, a Apple espera que seus lançamentos repletos de novos recursos afaste qualquer questionamento da sua hegemonia.