Tecnologia

Projeto de lei nos Estados Unidos quer limitar uso das redes sociais

Proposta é do senador Josh Hawley e prevê fim do “scroll infinito” e dos vídeos com o recurso “autoplay”

Vício: projeto de lei nos Estados Unidos quer mudar as práticas de uso das redes sociais (AJ_Watt/Getty Images)

Vício: projeto de lei nos Estados Unidos quer mudar as práticas de uso das redes sociais (AJ_Watt/Getty Images)

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Rodrigo Loureiro

Publicado em 31 de julho de 2019 às 16h07.

Última atualização em 31 de julho de 2019 às 16h09.

São Paulo – Empresas como Facebook, Twitter, Snapchat e Google podem ter que mudar a forma como disponibilizam conteúdo na internet. Pelo menos é isso o que pretende o senador americano Josh Hawley. Em seu primeiro mandato, o congressista está trabalhando em uma lei que impedirá que essas redes sociais usem páginas que nunca chegam ao fim e vídeos que são iniciados automaticamente.

“As gigantes da tecnologia abraçaram o vício como um modelo de negócios”, afirma Hawley na proposta. “Muita da ‘inovação’ neste ambiente tem sido utilizada não para criar novos produtos, mas para capturar a atenção com estratégias psicológicas.” Assim, segundo senado republicano, uma nova legislação poderia proteger o usuário e, de certa forma, encorajar as grandes empresas a investirem no que ele afirma ser a “verdadeira inovação”.

Intitulada de, já na tradução do inglês, Ato de Tecnologia para a Redução de Vício em Mídias Sociais, a proposta quer impedir que empresas utilizem recursos com “scroll infinito”, que um site parece nunca chegar ao fim, e o “autoplay”, que é quando um vídeo se inicia automaticamente.

Além disso, as medidas regulatórias ainda fariam com que as companhias fossem obrigadas a trabalhar com uma "interface amigável" que contenha ferramentas que possam limitar o tempo de acesso e o conteúdo disponibilizado.

De acordo com o jornal americano The Washington Post, Hawley é um crítico ferrenho das redes sociais e já chegou a afirmar que a sociedade estaria melhor caso essas plataformas não existissem. À revista USA Today, o congressista classificou os serviços como "parasitas".

Vale lembrar que o senador já se manifestou publicamente contra a política de coleta e uso de dados do Google e chegou a escreveu uma carta para a Federal Trade Comission – agência americana de proteção ao consumidor – criticando abusos de privacidade cometidos por empresas do Vale do Silício.

Em resposta, a Internet Association, grupo formado por representantes de empresas como Twitter, Facebook e Snapchat, se manifestou afirmando que as plataformas de mídias sociais já investem em programas que "promovam experiências online saudáveis" e que ferramentas de controle de tempo nos sites já existem.

Em 2018, uma pesquisa realizada pela Pew Research Center revelou que 89% dos jovens entrevistados disseram estar online "quase constantemente". Outro estudo, esse publicado no Journal of Behavioral Addictions e com base em um teste psicológico, dizia que internautas que passam uma tempo excessivo no Facebook estão mais sujeitos a correrem riscos. Os resultados foram semelhantes aos obtidos com usuários de drogas.

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