PM de São Paulo terá rede 4G exclusiva
Corporação finalizou os testes da rede de alta velocidade que será usada nos tablets e outros dispositivos móveis
Da Redação
Publicado em 27 de janeiro de 2012 às 17h32.
São Paulo – A Polícia Militar do Estado de São Paulo finalizou os testes da rede de alta velocidade que será usada nos tablets e outros dispositivos móveis da corporação.
Durante oito meses, a PM testou a rede LTE (também chamada de 4G ) em 700 MHz em uma infraestrutura proprietária fornecida pela Alcatel-Lucent e parceiros como IBM, Microsoft e a fabricante brasileira MXT.
Segundo a PM, a nova rede substituirá a rede 3G que atualmente equipa os dispositivos móveis da Polícia Militar. Na rede 4G LTE, a corporação poderá trocar dados e transferir voz e vídeo em alta definição em tempo real em uma única frequência, além de integrar câmeras de vigilância espalhadas em diversos pontos do Estado.
A infraestrutura rede 4G fornecida pela Alcatel-Lucent é de uso exclusivo da PM. Enquanto não há a alteração de frequência, a corporação usa a mesma cobertura 3G que é comercializada e compartilhada com outros clientes de operadoras de telefonia móvel.
Em visita ao centro tecnológico da Alcatel-Lucent, que ocorreu nesta quinta-feira (26), a INFO conferiu o sistema que será usado pela PM. Nele, um painel mostrava as câmeras instaladas em escolas, no interior das viaturas, em pontos estratégicos da cidade e também em ambientes internos da empresa. Todos estes locais estavam conectados por meio da rede LTE.
“Queremos mais rapidez na troca de dados, especialmente para os policiais em campo. O desafio é chegar ao local da ocorrência no menor tempo possível, além de planejar os pontos estratégicos das viaturas e verificar se os carros foram ao local da ocorrência”, diz o coronel Alfredo Deak Júnior, diretor de tecnologia da PM de São Paulo.
A taxa máxima de transmissão da rede 4G LTE é de 100 Mbps, cerca de cinco vezes mais rápida do que o padrão 3G+, e aproximadamente 14 vezes mais ágil que a rede 3G. Segundo Deak, o pico de velocidade atingido durante os testes da cobertura 4G da PM foi de 60 Mbps.
A Alcatel diz que os testes custaram 2 milhões de dólares para a empresa. Já a PM diz que implementar a infraestrutura em toda a região metropolitana de São Paulo custará 100 milhões de reais ao governo do Estado.
A frequência de 700 MHz também poderá ser usada pelo rádio da PM, que hoje conta com 60 canais UHF para uma corporação formada por mais de 10 mil policiais, segundo o Coronel. Após a adoção da nova rede, os policiais terão 960 diferentes canais. “Com o uso da rede LTE, será cerca de um canal para cada 10 policiais”, diz Deak.
Hoje, os policiais militares possuem tablets e dispositivos GPS conectados à internet 3G que permitem o acesso ao banco de dados da PM para consultas de histórico de antecedentes criminais, boletins de ocorrência, mapeamento criminal e outros relatórios. “A rede 3G é boa, mas não suporta recursos que demandam mais velocidade e capacidade de transmissão de dados. É inviável gerenciar todas estas câmeras na rede atual”, diz Deak.
Por precaução, a PM diz que, em casos onde não há cobertura da rede 4G LTE, será possível usar a cobertura de rede das operadoras. Além disso, cada carro da corporação servirá de hotspot e poderá replicar o sinal de rede disponível no local.
Segundo Deak, o uso da rede de alta velocidade vai além da troca de dados em campo. O planejamento de rota dos policiais, que é feita semanalmente e presencialmente, também poderá ser feita por meio do computador. O policial entrará em uma cabine e, após se apresentar eletronicamente, obterá a programação que deve ser seguida. A identificação do policial será feita por meio de RFID (radiofrequência).
Hoje, 12 mil tablets e 9000 GPS portáteis são usados pela PM. “A frota é estável e não há a intenção de comprar mais dispositivos”, diz Deak. Segundo o coronel, 645 municípios são atendidos por 100 mil policiais militares, 17 mil viaturas, 23 helicópteros, dois navios, 500 cães e cavalos e 600 lanchas. Diariamente, há 180 mil ocorrências de 43 milhões de pessoas que moram no Estado de São Paulo. O orçamento para manter a área de tecnologia da PM é de 180 milhões de reais, afirma o coronel.
Toda a infraestrutura de rede 4G só poderá ser colocada em prática após a PM receber a aprovação da Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel).
Apesar do otimismo da PM na implementação da rede LTE, ainda não há data definida para a Anatel permitir o uso desta frequência por órgãos públicos. Deak acredita que a Agência libere parte do espectro de 700 MHz ainda este ano.
São Paulo – A Polícia Militar do Estado de São Paulo finalizou os testes da rede de alta velocidade que será usada nos tablets e outros dispositivos móveis da corporação.
Durante oito meses, a PM testou a rede LTE (também chamada de 4G ) em 700 MHz em uma infraestrutura proprietária fornecida pela Alcatel-Lucent e parceiros como IBM, Microsoft e a fabricante brasileira MXT.
Segundo a PM, a nova rede substituirá a rede 3G que atualmente equipa os dispositivos móveis da Polícia Militar. Na rede 4G LTE, a corporação poderá trocar dados e transferir voz e vídeo em alta definição em tempo real em uma única frequência, além de integrar câmeras de vigilância espalhadas em diversos pontos do Estado.
A infraestrutura rede 4G fornecida pela Alcatel-Lucent é de uso exclusivo da PM. Enquanto não há a alteração de frequência, a corporação usa a mesma cobertura 3G que é comercializada e compartilhada com outros clientes de operadoras de telefonia móvel.
Em visita ao centro tecnológico da Alcatel-Lucent, que ocorreu nesta quinta-feira (26), a INFO conferiu o sistema que será usado pela PM. Nele, um painel mostrava as câmeras instaladas em escolas, no interior das viaturas, em pontos estratégicos da cidade e também em ambientes internos da empresa. Todos estes locais estavam conectados por meio da rede LTE.
“Queremos mais rapidez na troca de dados, especialmente para os policiais em campo. O desafio é chegar ao local da ocorrência no menor tempo possível, além de planejar os pontos estratégicos das viaturas e verificar se os carros foram ao local da ocorrência”, diz o coronel Alfredo Deak Júnior, diretor de tecnologia da PM de São Paulo.
A taxa máxima de transmissão da rede 4G LTE é de 100 Mbps, cerca de cinco vezes mais rápida do que o padrão 3G+, e aproximadamente 14 vezes mais ágil que a rede 3G. Segundo Deak, o pico de velocidade atingido durante os testes da cobertura 4G da PM foi de 60 Mbps.
A Alcatel diz que os testes custaram 2 milhões de dólares para a empresa. Já a PM diz que implementar a infraestrutura em toda a região metropolitana de São Paulo custará 100 milhões de reais ao governo do Estado.
A frequência de 700 MHz também poderá ser usada pelo rádio da PM, que hoje conta com 60 canais UHF para uma corporação formada por mais de 10 mil policiais, segundo o Coronel. Após a adoção da nova rede, os policiais terão 960 diferentes canais. “Com o uso da rede LTE, será cerca de um canal para cada 10 policiais”, diz Deak.
Hoje, os policiais militares possuem tablets e dispositivos GPS conectados à internet 3G que permitem o acesso ao banco de dados da PM para consultas de histórico de antecedentes criminais, boletins de ocorrência, mapeamento criminal e outros relatórios. “A rede 3G é boa, mas não suporta recursos que demandam mais velocidade e capacidade de transmissão de dados. É inviável gerenciar todas estas câmeras na rede atual”, diz Deak.
Por precaução, a PM diz que, em casos onde não há cobertura da rede 4G LTE, será possível usar a cobertura de rede das operadoras. Além disso, cada carro da corporação servirá de hotspot e poderá replicar o sinal de rede disponível no local.
Segundo Deak, o uso da rede de alta velocidade vai além da troca de dados em campo. O planejamento de rota dos policiais, que é feita semanalmente e presencialmente, também poderá ser feita por meio do computador. O policial entrará em uma cabine e, após se apresentar eletronicamente, obterá a programação que deve ser seguida. A identificação do policial será feita por meio de RFID (radiofrequência).
Hoje, 12 mil tablets e 9000 GPS portáteis são usados pela PM. “A frota é estável e não há a intenção de comprar mais dispositivos”, diz Deak. Segundo o coronel, 645 municípios são atendidos por 100 mil policiais militares, 17 mil viaturas, 23 helicópteros, dois navios, 500 cães e cavalos e 600 lanchas. Diariamente, há 180 mil ocorrências de 43 milhões de pessoas que moram no Estado de São Paulo. O orçamento para manter a área de tecnologia da PM é de 180 milhões de reais, afirma o coronel.
Toda a infraestrutura de rede 4G só poderá ser colocada em prática após a PM receber a aprovação da Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel).
Apesar do otimismo da PM na implementação da rede LTE, ainda não há data definida para a Anatel permitir o uso desta frequência por órgãos públicos. Deak acredita que a Agência libere parte do espectro de 700 MHz ainda este ano.