Tecnologia

Pesquisadores de Oxford conectam chips quânticos e tornam computação do tipo mais viáveis

Rede de processadores interligados pode superar o desafio de escala dessas máquinas

Ramana Rech
Ramana Rech

Redatora

Publicado em 19 de fevereiro de 2025 às 15h25.

Última atualização em 19 de fevereiro de 2025 às 16h11.

Pesquisadores da Universidade de Oxford descobriram uma possível solução para o problema de escalabilidade dos computadores quânticos, conectando processadores por meio de fibra óptica.

Um computador quântico precisa de milhões de qubits, a unidade básica de informação quântica, para ser útil em nível industrial. Isso exige vários processadores, mas reunir todos em um único sistema resultaria em uma máquina gigantesca.

Para contornar essa limitação, cientistas da universidade britânica criaram uma rede de pequenos dispositivos quânticos interligados. Esse modelo distribui a computação entre vários processadores, permitindo escalabilidade praticamente ilimitada.

A tecnologia usa módulos contendo um pequeno número de qubits, que se comunicam por meio de fótons — partículas de luz — transportados pela fibra óptica. Essa abordagem substitui a transmissão elétrica usada em computadores tradicionais.

Os responsáveis pelo estudo, publicado na revista Nature, acreditam que a descoberta pode ajudar a construir a futura internet quântica, em que processadores espalhados pelo mundo formariam uma rede de comunicação altamente segura e eficiente.

O conceito é semelhante ao dos supercomputadores, que combinam várias máquinas menores para aumentar seu poder de processamento.

Próximos passos

Recentemente, Sundar Pichai, CEO do Google, afirmou que essas máquinas podem se tornar viáveis em cinco a dez anos, comparando o momento atual ao início do desenvolvimento da inteligência artificial em 2010.

Em dezembro de 2025, o Google anunciou um avanço com o chip quântico Willow, capaz de resolver um problema em cinco minutos que levaria "mais tempo do que nosso universo existe" para um computador convencional.

Além do Google, empresas como IBM, Amazon Web Services e diversas startups também desenvolvem computadores quânticos.

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