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Pesquisa diz que só 60% dos internautas já ouviram falar de Snowden

Estudo envolveu pouco mais de 23 mil pessoas de 24 países, incluindo Alemanha, Brasil, EUA e Reino Unido; taxa reduzida é refletida em poucas mudanças nos hábitos

snowden (Getty Images)
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Da Redação

Publicado em 1 de dezembro de 2014 às 17h06.

Há mais de um ano, uma série de documentos confidenciais vazados iniciou um dos maiores escândalos dos últimos tempos. Os arquivos mostravam que o governo norte-americano monitorava – e ainda monitora – pessoas do mundo todo, incluindo na lista alguns líderes de Estado. Mas apesar do impacto da notícia, uma pesquisa do Centro Internacional de Inovação em Governança (CIGI, na sigla em inglês) aponta que, hoje, só 60% dos internautas sabem quem é Edward Snowden , o ex-funcionário da NSA responsável por divulgar a papelada.

O recorte do estudo foi divulgado pelo Statista, envolveu pouco mais de 23 mil pessoas de 24 países, entre Alemanha, Austrália, Brasil, África do Sul, EUA, Reino Unido e França, e foi realizado entre outubro e novembro deste ano. Os alemães foram os que se mostraram mais atualizados em relação ao tema, e 94% disseram conhecer o nome de Snowden.

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Brasileiros não ficaram muito atrás, com 84% – um percentual maior do que o dos EUA (76%). Mas a média acaba puxada bem para baixo por causa de países como Austrália (57%), Japão (44%) Itália (54%), África do Sul (52%), Egito (43%) e Coreia do Sul (43%).

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Mudanças de hábitos – O número relativamente baixo de pessoas que disseram saber quem é Snowden acaba refletido nas poucas mudanças nos hábitos dos internautas. Mesmo com todo o escândalo de monitoramento em massa, são poucos os que disseram ter começado a evitar alguns sites e aplicativos (43% do total), por exemplo. No Brasil, o percentual é um pouco maior do que a média (47%), enquanto nos EUA ela fica em 36% – uma vantagem que é também mostrada em um estudo similar divulgado pela empresa finlandesa F-Secure.

Entre os diferentes hábitos citados, está a autocensura em redes sociais – que usam dados para personalizar publicidade, entre outros fins –, agora adotada por pelo menos 28% dos internautas ouvidos pela pesquisa. Uma parcela de 11% dos entrevistados foi mais extrema e chegou a cancelar as contas nesses serviços, enquanto outra, de 10%, diminuiu o tempo gasto na internet. Por fim, 24% dos participantes contaram não ter feito nada disso.

Preocupação com privacidade e proteção – O estudo ainda revelou os percentuais de usuários que começaram a dar mais importância à privacidade online. Neste aspecto, no Brasil o número de entrevistados preocupados (83%) é bem maior do que o de EUA e Reino Unido (63% e 53%, respectivamente). No geral, esse valor fica em 64%.

Em termos de proteção de dados, apenas um terço de todos os entrevistados (mais precisamente 36%) acredita que suas informações particulares estão devidamente protegidas. Nesta mesma linha, 41% deles “acredita que as chances de terem suas informações pessoais comprometidas na Internet são tão pequenas que nem é preciso se preocupar”. Por fim, só 37% do geral não veem problemas em compartilhar dados com empresas privadas. Se quiser conferir outros dados, a pesquisa completa em PDF e em inglês está disponível aqui.

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