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Pau de notebooks, gnomos: as pegadinhas do Dia da Mentira

O 1º de abril está acontecendo a todo o vapor internet afora. Google e até a Embaixada da Alemanha no Reino Unido embarcaram nas brincadeiras

Pau de notebook, um "lançamento" do Google para o Dia da Mentira (Google/Divulgação)

Pau de notebook, um "lançamento" do Google para o Dia da Mentira (Google/Divulgação)

Gabriela Ruic

Gabriela Ruic

Publicado em 1 de abril de 2017 às 11h59.

São Paulo – Todos os anos (há muitos anos), o mundo se prepara com atenção para o temido 1° de abril, mais conhecido como o Dia da Mentira. Em 2017, contudo, as pegadinhas começaram a circular pela internet na noite desta sexta-feira (31 de março).

EXAME.com selecionou algumas das brincadeiras mais engraçadas e inusitadas. Acompanhe abaixo.

Pau de notebooks?

Uma das empresas que mais se dedica ao Dia da Mentira (April’s Fool, em inglês), é o Google. E na edição 2107 desta data, sua equipe se superou ao "anunciar" uma série nada convencional de acessórios para os chromebooks, os notebooks do Google.

As “novidades” atendem todos os gostos e necessidades. Há o “pau de notebooks”, para quem adora usar o seu aparelho para tirar fotos da moçada, além de uma capa de papelão que promete oferecer as maravilhas da realidade virtual e até uma braçadeira para os usuários esportistas.

Gnomos “inteligentes”

O “Google Gnome” (Gnomo do Google, em português) é outro dispositivo eletrônico “lançado” pela empresa neste Dia da Mentira.

Ele é ativado no momento em que o usuário usar as duas palavras mágicas “Ok, Gnomo” e promete facilitar a vida de seu dono ao mostrar, por exemplo, as condições climáticas do lado de fora da casa e até abrir a torneira da mangueira. Um ajudante e tanto! Veja mais no vídeo que a empresa preparou de seu mais novo “produto”.

https://www.youtube.com/watch?time_continue=90&v=vNOllWX-2aE

Google Tradutor abarca “novo idioma”

A empresa também anunciou uma inovadora parceria com a cientista especializada em linguística Louise Banks para oferecer aos usuários da sua ferramenta a tradução da língua Heptapod-B. Agora, os círculos que fazem parte desse “idioma” extraterrestre serão acessíveis para todos! Uma inovação importantíssima!

Para quem não lembra, Louise Banks é o nome da personagem da atriz Amy Adams no filme “A Chegada” (2016), do diretor canadense Denis Villeneuve. A cientista é convocada pelo governo americano para ajudar a entender o que os alienígenas que chegaram ao planeta Terra querem. Esses extraterrestres se comunicam com sons e a símbolos circulares identificados como Heptapod-B.

Um avião com as asas de pássaros?

A Virgin Atlantic, companhia aérea do grupo Virgin do bilionário Richard Branson, não ficou de fora das pegadinhas em 2017. A empresa anunciou o lançamento da aeronave Dreambird 1417, que inova ao voar com as asas flexíveis que imitam o movimento dos pássaros.

A Virgin Atlantic levou a brincadeira tão longe que até produziu um vídeo mostrando os detalhes do novo “projeto” que é apresentado pelo próprio Branson. Isso é que é animação para participar do 1° de abril. Confira:

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Referendo na Alemanha

A Alemanha anunciou, via perfil no Twitter de sua embaixada no Reino Unido, que irá realizar um referendo polemicíssimo. Mas calma, não tem nada a ver com uma possível saída do país da União Europeia, como fez o Reino Unido, embora a brincadeira tenha claramente o objetivo de brincar com os britânicos em razão do Brexit.

O governo alemão diz que irá consultar a sua população sobre uma mudança de zona de horário do país. É isso mesmo: avaliar a possibilidade de abandonar a Hora Central Europeia (CET, em inglês), hoje usada na maioria dos países da Europa continental, e adotar a Hora de Greenwich (GMT, em inglês), o fuso que na Europa é usado pelo Reino Unido, Irlanda e Portugal.

A origem do 1° de Abril

A origem dessa data é antiquíssima e controversa. Há quem diga que tenha nascido na Holanda, mas uma das histórias mais aceitas é a de que ela primeiro passou a ser comemorada no século XVI, quando o ano novo era comemorado na época do dia 25 de março.

Com a adoção do calendário gregoriano, instituído pelo papa Gregório XIII em 1562, o mundo passou a celebrar a mudança de ano em janeiro, tal qual é hoje no ocidente.

Carlos IX, então rei da França, passou dois anos ignorando essa mudança, o que fez com que seu reino virasse motivo de piada. Europa afora, os franceses ganharam o apelido de “bobos de abril” e até receberam convites para festas falsas. Aos poucos, a brincadeira se espalhou por todos os lados e é “celebrada” até hoje.

1° de Abril, hoje

Em 2017, contudo, a data veio acompanhada de reflexões por parte da imprensa sobre a proliferação de notícias falsas pela internet. Na Suécia e Noruega, por exemplo, os jornais se abstiveram de participar das brincadeiras como forma de protesto. “Trabalhamos com notícias reais mesmo no 1° de abril”, afirmou o editor-chefe de um dos maiores veículos suecos.

Esse problema se tornou especialmente grave durante as eleições presidenciais dos Estados Unidos em novembro passado quando uma pesquisa conduzida pela prestigiada Universidade de Stanford revelou que a maioria dos jovens no país não sabe distinguir uma notícia falsa de uma notícia verdadeira.

A polêmica ganhou ainda mais força depois que outro estudo, esse produzido pelo site de notícias americano BuzzFeed, constatou que as notícias mentirosas sobre as eleições nos EUA obtiveram mais alcance no Facebook que o conteúdo legítimo produzido pela imprensa.

Como resposta, a rede social anunciou em janeiro um projeto que tem como objetivo combater a circulação desse tipo de conteúdo.

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