Elon Musk, fundador da SpaceX e e CEO da Tesla (TLSA34) e agora novo proprietário do Twitter (TWTR34) (Pool / Equipe/Getty Images)
Apesar das rusgas e embates durante a negociação de compra do Twitter por Elon Musk, o bilionário está próximo de ser o novo dono da rede social. Em uma carta aos anunciantes da sua nova empresa, publicada no perfil do CEO nesta quinta-feira, 27, Musk explicou os motivos por trás do novo investimento.
Para ele, expandir seus negócios com a aquisição do Twitter é “importante para o futuro da civilização possuir uma praça digital comum”, mas “obviamente (a rede) não pode se tornar um inferno livre para todos, onde qualquer coisa pode ser dita sem consequências!”. Ele acrescentou que decidiu comprar a plataforma "para tentar ajudar a humanidade, a quem eu amo".
Embora Musk não tenha reconhecido, a mensagem aparentemente foi motivada por uma reportagem anterior do Wall Street Journal sugerindo que os anunciantes consideravam o retorno de Trump, sugerido por Musk, como um erro crítico da ainda nem estabelecida nova gestão.
Para se ter uma ideia, segundo o que apurou o jornal, uma dezena de clientes de uma agência emitiram ordens para pausar todos os anúncios no Twitter se a conta do ex-presidente dos EUA fosse restabelecida.
No entanto, Musk não deu sinais de que mudaria sua posição quanto à volta Trump.
A Justiça americana deu um prazo até esta sexta-feira, 28, para o homem mais rico do mundo efetivar a compra da plataforma, por US$ 44 bilhões.
Em um sinal de confiança do mercado de que a compra será realizada agora, as ações da plataforma subiram 1% na quinta-feira, para US$ 53,90, perto do preço unitário acordado de US$ 54,20 .
No entanto, a nota de Musk também ressalta as consequências de longo prazo de suas negociações agressivas, que o viram denegrir os números de usuários publicados do Twitter e prometer uma experiência quase sem moderação após a compra.
Apesar de Musk ser o homem mais rico do mundo, a receita do Twitter terá que permanecer alta mesmo como uma empresa privada: os empréstimos que ele fez para comprá-lo levarão a uma conta de juros de cerca de US$ 1 bilhão por ano, que ele precisará pagar dos lucros da plataforma.