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Paciente pioneiro da Neuralink usa implante cerebral para aprender francês e japonês

Sete meses depois de receber implante da Neuralink, Noland Arbaugh utiliza dispositivo para estudar idiomas e planeja retomar os estudos

Paciente pioneiro da Neuralink sofreu com problemas no dispositivo nas últimas semanas, mas está empolgado com o progresso da tecnologia (Getty Images)

Paciente pioneiro da Neuralink sofreu com problemas no dispositivo nas últimas semanas, mas está empolgado com o progresso da tecnologia (Getty Images)

Fernando Olivieri
Fernando Olivieri

Redator na Exame

Publicado em 30 de agosto de 2024 às 13h25.

Última atualização em 30 de agosto de 2024 às 13h31.

Noland Arbaugh, o primeiro paciente a receber o implante cerebral desenvolvido pela Neuralink, empresa de interface cérebro-computador de Elon Musk, está utilizando o dispositivo para aprimorar suas habilidades e expandir seus horizontes. Desde janeiro, quando o dispositivo foi implantado, Arbaugh, que é tetraplégico, tem utilizado o implante para aprender francês e japonês, além de se preparar para voltar à universidade. As informações são da Business Insider.

Arbaugh, que sofreu um acidente de mergulho em 2016 que o deixou paralisado dos ombros para baixo, tem trabalhado intensamente com a equipe da Neuralink para explorar as funcionalidades do dispositivo, que ele carinhosamente nomeou de "Eve". O implante, que capta a atividade cerebral e a transmite para um computador via Bluetooth, permite que Arbaugh controle o cursor do computador, navegue na internet e até jogue videogames apenas com o poder da mente.

A jornada com o implante não foi isenta de desafios. Nas semanas que se seguiram à cirurgia, Arbaugh enfrentou problemas técnicos quando alguns dos fios ultrafinos do dispositivo se retraíram do cérebro, causando perda de funcionalidade. Esse contratempo teve um impacto emocional significativo, mas a Neuralink conseguiu resolver o problema, e o dispositivo voltou a funcionar como esperado.

Agora, Arbaugh dedica cerca de 4 horas por dia, de segunda a sexta-feira, para sessões com a equipe da Neuralink, além de investir tempo livre no estudo de idiomas e na leitura da Bíblia. Sua ambição é grande: ele planeja concluir sua graduação ou até mesmo mudar para a área de neurociência, utilizando sua experiência pessoal com o implante como base para contribuir com o campo.

Outros sonhos

Além dos estudos, Arbaugh também nutre outros sonhos. Ele deseja publicar seus escritos criativos, iniciar uma instituição de caridade e até mesmo construir uma casa para seus pais. Ele acredita que o dispositivo da Neuralink não só transformou sua vida mas também abriu um mundo de possibilidades que ele mal podia imaginar antes da cirurgia.

A Neuralink, que recentemente anunciou a implantação bem-sucedida de um segundo paciente, tem planos ambiciosos para o futuro. Elon Musk, fundador da empresa, afirmou que o objetivo é implantar o chip em milhares, talvez milhões, de pessoas na próxima década. Ele também vê o dispositivo como uma ferramenta crucial na competição com inteligências artificiais superinteligentes, um campo no qual Musk também está envolvido por meio de sua startup de IA, a xAI.

Com seu implante totalmente funcional e seus planos de vida se expandindo, Arbaugh continua a explorar as capacidades do dispositivo, expressando gratidão pelas mudanças que ele trouxe para sua vida. Ele espera que sua experiência pioneira inspire outros e ajude a pavimentar o caminho para futuros avanços na interface cérebro-computador.

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