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O que faz a CrowdStrike, empresa por trás do apagão cibernético

A companhia tem contratos de segurança cibernética com algumas das maiores empresas do mundo

CrowdStrike: empresa de segurança online foi fundada em 2011, no Texas (SOPA Images/Getty Images)

CrowdStrike: empresa de segurança online foi fundada em 2011, no Texas (SOPA Images/Getty Images)

Luiz Anversa
Luiz Anversa

Repórter colaborador

Publicado em 19 de julho de 2024 às 09h04.

Última atualização em 19 de julho de 2024 às 09h10.

Responsável pelo apagão cibernético que causa problemas em aeroportos, bancos, canais de TV e bolsas de valores pelo mundo, a Crowdstrike é uma empresa de segurança online fundada em 2011. A companhia é responsável por proteger algumas das maiores empresas do mundo de ataques hackers.

O que faz a CrowdStrike

A CrowdStrike utiliza técnicas e aplicativos para um sistema antivírus considerado de última geração. É líder do setor e aposta na inteligência artificial e na aprendizagem de máquina para impedir ações de hackers antes que elas se efetivem. Trata-se de um sensor que pode ser instalado em sistemas de operacionais Windows, Mac ou Linux.

São vários módulos de produtos que se conectam a um ambiente de "Soluções de Segurança de Endpoint", hospedado em nuvem. Um único agente, conhecido como Sensor CrowdStrike Falcon, implementa tais produtos — Soluções de Segurança de Endpoint, Operações de TI de Segurança, Inteligência de Ameaças, Soluções de Segurança na Nuvem e Soluções de Proteção de Identidade.

A Crowdstrike também oferece proteção de dados para empresas que migraram suas bases de seus próprios computadores para servidores em nuvem. A Microsoft também teve com problemas com isso nesta sexta-feira.

A empresa foi fundada no Texas por George Kurtz, que segue como CEO, e Dmitri Alperovitch. Ela está listada na Nasdaq desde 2019.

Em 2016, o partido Democrata dos Estados Unidos contratou a empresa para investigar uma falha na sua rede de computadores.

O que causou o apagão cibernético

A Crowdstrike divulgou nesta sexta-feira, em comunicado assinado pelo CEO George Kurtz, que o apagão global não se trata de um ataque hackers — mas sim de um defeito em uma atualização de sistema.

"A Crowdstrike está ativamente trabalhando com clientes impactados por um defeito encontrado em uma atualização de conteúdo para servidores Windows. Servidores Mac e Linux não foram impactados. Este não é um incidente de segurança ou ataque cibernético", afirma a nota.

"O problema foi identificado, isolado e um conserto está sendo feito. Encaminhamos os clientes ao portal de suporte para as mais recentes atualizações e vamos continuar oferecendo atualizações completas e contínuas em nosso site."

"Nós também recomendamos que as organizações se certifiquem de que estão se comunicando com representantes da Crowdstrike através de canais oficiais. Nossa equipe está totalmente mobilizada para assegurar a segurança e estabilidade de clientes da Crowdstrike."

CEO diz que problema que derrubou sistemas Windows está solucionado

O CEO da CrowdStrike, George Kurtz, afirmou que a empresa identificou a atualização que derrubou sistemas Windows.

“Isso não é um incidente de segurança ou um cyberattack,” disse Kurtz em uma declaração postada no X. “O problema foi identificado, isolado e uma correção foi implementada.”

CrowdStrike havia alertado seus clientes de que seu produto de monitoramento de ameaças, o Falcon Sensor, estava causando o colapso do sistema operacional Windows da Microsoft. Isso coincidiu com as interrupções nos serviços de cloud da Microsoft Azure, e a resultante falha de TI paralisou empresas ao redor do mundo.

Nesta sexta-feira, McDonald’s, United Airlines Holdings, e o Grupo LSE estavam entre as principais empresas que divulgaram uma variedade de problemas com as comunicações para atendimento ao cliente. A KLM informou que estava suspendendo a maioria dos voos devido a uma falha global de computador. Elas estavam entre as corporações globais mais proeminentes a relatar problemas em suas operações.

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