Tecnologia

Nvidia enfrenta pressão na China após novas regras de eficiência energética para chips

Comissão de planejamento chinês dificulta uso de semicondutores da empresa americana em novos data centers

Ramana Rech
Ramana Rech

Redatora

Publicado em 26 de março de 2025 às 14h38.

O governo chinês introduziu regras de eficiência energética para chips que podem reduzir a aquisição de semicondutores da Nvidia por empresas do país para data centers novos. Com isso, a Nvidia pode perder espaço para concorrentes, como Huawei.

A Comissão Nacional de Desenvolvimento e Reforma, responsável pelo planejamento econômico da China, tem recomendado a empresas chinesas que usem chips que estejam nos conformes das restrições. As novas regras foram introduzidas no ano passado, mas só foram reportadas nesta terça-feira, 25.

O chip da Nvidia H20 é menos poderoso do que outros modelos da companhia, mas foi feito para atender aos clientes chineses diante das restrições impostas pelos Estados Unidos de exportação de chips. Mas o semicondutor, não cumpre as condições de eficiência energética de Pequim.

Com isso, a Nvidia está tentando arranjar um encontro nos próximos meses entre executivos da empresa e o chefe da comissão, Zheng Shanjie. Para se preparar às mudanças, a companhia estadunidense também tem trabalhado em um novo chip que cumpre os novos requisitos de Pequim, mas as mudanças técnicas também resultam em menor eficiência.

Já fazem meses que autoridades chinesas tem desencorajado grandes empresas de tecnologia, como Alibaba, Tencent e ByteDance de adquirir os chips H20. O governo chinês quer que as empresas do país sejam menos dependentes de tecnologia estadunidense. Mas as novas regras ainda não foram reforçadas e a demanda pelos produtos da Nvidia seguem em alta.

Como as regras só se aplicam a data centers que estão em construção, companhias ainda podem adquirir os chips da Nvidia para os data centers que já existentes. As empresas que não se adequarem às normas, poderão ser inspecionadas e levar multas.

Houve aumento da demanda neste ano pelos chips H20, em especial, vindo da Tencent, do Alibaba e da ByteDance, após o sucesso da startup chinesa DeepSeek, que utilizou os produtos para seu modelo de linguagem, como reportou a Reuters em fevereiro.

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