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Missão do governo brasileiro vai aos EUA conhecer redes privativas de 5G

Além de encontros com autoridades norte-americanas, o grupo se reunirá com potenciais investidores em Washington e Nova York, a missão retornará ao Brasil no dia 11

A previsão do Ministério das Comunicações é de que até julho do ano que vem o país já tenha o 5G em todas as 27 capitais (Sergio Perez/Getty Images)
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Da Redação

Publicado em 7 de junho de 2021 às 06h44.

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Uma comitiva organizada pelo ministro das Comunicações, Fábio Faria , embarcou neste domingo, 6, aos Estados Unidos , para uma missão oficial que pretende conhecer as redes privativas destinadas à quinta geração de internet ( 5G ) naquele país.

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Além de encontros com autoridades norte-americanas, o grupo se reunirá com potenciais investidores do setor de telecomunicações. Após visitar Washington e Nova York, a missão retornará ao Brasil no dia 11.

O governo pretende implantar, no Brasil, a chamada 5G stand alone, que, segundo o ministro, é chamada de 5G Ferrari por ser 100 vezes mais veloz que a quarta geração, a internet 4G. “Mas não é só velocidade. A internet 5G vai conectar coisas. É a famosa Internet das Coisas, por meio da qual teremos aumento muito grande no agronegócio, na telemedicina, no setor automotivo, na segurança, nos investimentos nas escolas e na educação”, disse Faria.

“A próxima década será a década do 5G. Com isso precisaremos de muito investimento”, disse ele ao detalhar os motivos da missão oficial.

A delegação contará com a participação do ministro das Comunicações, Fábio Faria; o secretário especial de assuntos estratégicos da presidência, almirante Flávio Rocha; o general Correia Filho, comandante de comunicações eletrônicas do Exército e que representará o ministro da Defesa, Braga Netto; e o diretor geral da Abin, Alexandre Ramagem, representando o GSI do general Heleno.

Os ministros do TCU, Raimundo Carreiro (que é relator do edital do 5G), Walton Alencar e Bruno Dantas também farão parte da delegação. três parlamentares comporão o grupo: o senador Flávio Bolsonaro (Patriotas/RJ), o deputado Eduardo Bolsonaro (PSL/SP), o senador Ciro Nogueira (PP/PI).

Segundo o ministro, a missão conhecerá a rede privativa do Departamento de Defesa dos EUA e visitará os departamentos de Defesa e de Estado daquele país, além de dialogar com investidores. “Vamos ao Departamento de Segurança Interna, que é quem faz todo o controle de fronteiras e de ataques cibernéticos nos EUA”. De acordo com Faria, somente esse departamento norte-americano tem seis redes privativas.

“Vamos também falar com o Departament of National Inteligency, que é a diretoria de inteligência equivalente ao nosso GSI, responsável por coordenar as atividades de inteligência norte-americanas, e à FCC, que é a comissão federal de comunicações, equivalente à nossa Anatel [Agência Nacional de Telecomunicações]”, acrescentou.

Também estão previstas reuniões com investidores e no Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID). “No setor privado, vamos a várias empresas e conversaremos com seis fundos de investimentos, bancos e com consultorias. Outros membros da comissão participarão de outros encontros com o FBI e com a CIA”, completou.

Leilão 5G

Faria mantém a previsão de o leilão da internet 5G ocorrer em julho, apesar de o Tribunal de Contas da União não ter reduzido de 150 para 60 dias o prazo estimado para a análise da matéria, conforme acenado. “Espero que, nas próximas semanas, o TCU possa apreciar o leilão no pleno. Depois de sair do TCU, teremos 30 dias na Anatel para a realização do leilão. Não acredito que teremos retrocessos, e a ida de ministros e técnicos do TCU [aos EUA] deve ajudar a darmos celeridade [ao processo]”, disse Faria.

A expectativa do ministro é que, até julho do ano que vem, o país já tenha o 5G stand alone em todas as 27 capitais, e que, até 2028, todas as obrigações previstas para as empresas vencedoras do certame sejam implementadas. “A cada ano serão investimentos escalonados e obrigações como a de levar internet 4G a todas localidades [com população] acima de 600 habitantes, e a de conectar o Norte do país.”

Ele acrescenta que não existe, até o momento, “nenhuma sinalização de risco ou de retrocesso” com relação ao trâmite no TCU, até porque o tribunal sabe da importância do 5G para o país. “O Brasil é hoje um modelo para América Latina. Os outros países estão esperando o que o Brasil vai fazer, para depois seguir”, disse.

“Teremos [com o 5G e a Internet das Coisas] crescimento de 20% por ano só no agronegócio. Com a telemedicina, médicos poderão fazer cirurgias a distância em pacientes [que vivem] no interior do país. Teremos um Brasil todo conectado. Para a retomada econômica, o 5G será de importância total. Isso já está compreendido pela sociedade e pelo TCU”, completou.

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