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Esta empresa consegue baixar a conta de luz em até 35% analisando apenas o boleto da fatura

A Lead Energy, investida da Ecom, desenvolve avaliações automatizadas da conta de luz para ajudar clientes a economizar

André Lopes
André Lopes

Repórter

Publicado em 7 de agosto de 2023 às 10h39.

Última atualização em 8 de agosto de 2023 às 18h48.

O Brasil figura entre os sete maiores consumidores de energia do planeta, conforme apontado em levantamento do Banco Mundial. Contudo, o desperdício de energia é estimado em 43 terawatt-hora (TWh) por ano, o que equivale ao atendimento de 20 milhões de residências, e uma parcela significativa desse total está associada ao setor empresarial.

Foi pensando em sanar essa dor que a Lead Energy, especializada em soluções energéticas, lançou um novo recurso para o setor corporativo: usando apenas o boleto da fatura de energia, o consumidor empresarial sobe o documento na plataforma da Lead e troca seu fornecedor tradicional de energia por um fornecedor alternativo.

O cliente também consegue uma visualização dos custos que ele poderia se livrar ou de taxas desnecessárias. É como se ele estivesse "reservando energia" direto do fornecedor, podendo economizar até 35% se aceitar mudar o fornecedor a partir da sugestão da Lead.

“O sistema permite a inserção da conta de energia para, em segundos, proporcionar uma análise e indicar possibilidades de economia através de estratégias sustentáveis e, muitas vezes, sem custos iniciais", detalha Raphael Ruffato, CEO da Lead Energy.

Esta solução é voltada, principalmente, para as empresas em São Paulo com gastos mensais superiores a R$5.000,00 em energia elétrica. Raphael ressalta que, em muitos casos, a redução dos custos pode ocorrer por meio de ajustes contratuais, sem necessidade de aportes em equipamentos.

Espaço para crescer

Os negócios da Lead devem se expandir para o consumidor residencial assim que o espinhoso debate sobre o mercado livre de energia avance no Brasil.

Com investimentos da comercializadora e gestora Ecom, de R$ 2,4 milhões, a empresa aguarda uma discussão sobre abertura total do mercado que ocorre desde 1999, quando houve a primeira adesão ao Ambiente de Comercialização Livre (ACL).

Até agora, apenas grandes empresas, com contas acima de R$ 50 mil mensais de alta tensão, podem participar desse mercado, que lhe permite escolher fornecedor, contrato, prazo e tipo de energia.

São cerca de 11,5 mil empresas que negociam aproximadamente R$ 160 bilhões por ano. Em 20 anos, o sistema permitiu a redução de R$ 339 bilhões em gastos, sendo R$ 41 bilhões apenas em 2022.

Em maio passado, o custo da energia, um dos componentes da tarifa elétrica, foi de R$ 284 por MWh no mercado regulado, enquanto os participantes do mercado livre pagaram 69% menos, R$ 89 por MWh. Em volume, o grupo representa perto de 40% do mercado e apenas 0,04% dos consumidores.

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