Repórter
Publicado em 27 de abril de 2023 às 16h18.
Última atualização em 27 de abril de 2023 às 17h12.
O Dropbox, empresa de hospedagem de arquivos na nuvem similar ao Google Drive, está passando por uma grande reestruturação. Cerca de 500 funcionários, o equivalente a 16% da força de trabalho, serão demitidos nos próximos dias.
O CEO da empresa, Drew Houston, justificou o motivo como dezenas de outros presidentes da tecnologia fizeram: horizonte econômico incerto e reformulação de novas frentes de trabalho.
Nesse último tópico, o memorando do CEO destacou a necessidade de construir a divisão de inteligência artificial (IA) da empresa.
Houston disse que a companhia precisa de uma combinação diferente de habilidades, principalmente em IA e desenvolvimento de produtos, mesmo que em estágio inicial, para alcançar seu próximo estágio de crescimento.
A empresa já contratou grandes talentos nesses campos nos últimos dois anos e precisa de ainda mais. Houston acrescentou que o Dropbox ainda é lucrativo e que os cortes fazem parte do "amadurecimento natural" do negócio.
Embora dolorosa, Houston diz que as mudanças são necessárias para garantir que o Dropbox esteja na vanguarda da era da IA.
O Dropbox já introduziu alguns recursos baseados em IA ao longo dos anos, mas demitir funcionários apenas para substituí-los por outros com experiência em IA é um sinal de que a empresa está levando a sério a criação de uma mudança para a indústria.
Os funcionários afetados pelos cortes receberão um mínimo de 16 semanas de pagamento, até seis meses de assistência médica e a capacidade de manter os dispositivos da empresa para uso pessoal. Além disso, eles receberão treinamento de carreira e suporte para colocação profissional.
Entre as big techs, os balanços do trimestre mostram que o pior pode ter passado. Contudo, no caso da Meta de Zuckerberg, uma nova onda de demissões deve ocorrer em maio.
Dessa vez não foi informado o número de desligamentos, mas Zuckerberg afirmou que, após a terceira rodada de cortes, o ambiente de trabalho na Meta ficará mais estável para os funcionários.
Em novembro do ano passado, a primeira onda de demissões atingiu mais de 11 mil funcionários, o que representou 13% da força de trabalho da empresa na época.