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Dotcom pode ter sido alvo de espionagem na Nova Zelândia

Líder opositor do país afirma que o governo sabia que Dotcom e seus associados haviam sido alvo de espionagem ilegal sete meses antes de o escândalo do Megaupload vir à tona

Kim Dotcom: os EUA atribuem ao Megaupload o prejuízo de mais de US$ 500 milhões à indústria do cinema e da música por transgredir direitos autorais (NIGEL MARPLE/ Reuters)
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Da Redação

Publicado em 20 de março de 2013 às 06h33.

Sydney - O Partido Trabalhista da Nova Zelândia revelou novos documentos sobre a espionagem ilegal que teve como alvo o fundador do extinto portal Megaupload, Kim Dotcom , reclamado pelos Estados Unidos por suposta pirataria informática, informou nesta quarta-feira a imprensa local.

O segundo principal líder desse partido opositor, Grant Robertson, disse à "Radio New Zealand" que os documentos refletem "a combinação de uma conduta extremamente trôpega, uma comunicação muito pobre e encobrimento" por parte das autoridades neozelandesas.

Robertson obteve e-mails e declarações apresentadas perante o Tribunal Superior da Nova Zelândia como parte do processo legal contra Dotcom revelando que o Escritório Governamental de Segurança nas Comunicações (GCSB, na sigla em inglês) sabia que Dotcom e seus associados haviam sido alvo de espionagem ilegal sete meses antes de o escândalo vir à tona.

As novas evidências incluem o testemunho de um funcionário do GCSB que afirma que em 22 de fevereiro de 2012 o Ministério de Imigração informou à Agência contra Crimes Financeiros da Polícia que Dotcom e outro suspeito tinham permissão para viver na Nova Zelândia.

No entanto, apenas em setembro explodiu este escândalo sobre a espionagem ilegal por parte do GCSB contra o alemão e seu sócio holandês Bram van der Kolk antes da operação orquestrada pelo FBI contra o Megaupload em janeiro de 2012.

O GCSB, cujas funções se limitam a investigar estrangeiros, assegurou depois que desconhecia que Dotcom e Van der Kolk tinham permissão para viver na Nova Zelândia e que se guiou pelas informações fornecidas pela Polícia.


Robertson comentou hoje que as novas evidências geram sérias dúvidas sobre a operação contra Dotcom e sobre a extensão das informações à que tinha acesso o primeiro-ministro neozelandês, John Key, sobre a espionagem ilegal.

Além disso, durante esta semana, Hugh Wolfensohn, que ocupava o cargo de subdiretor do GCSB e desempenhou o posto de diretor interino durante o período da espionagem ilegal, renunciou a seu cargo a poucas semanas do anúncio das conclusões de uma investigação ordenada por Key.

Ao ser questionado hoje pelos jornalistas sobre o dever do GCSB de informá-lo que sabia da espionagem ilegal desde fevereiro de 2012, o primeiro-ministro disse que se tratava de um assunto operacional e que isso não é de sua incumbência.

Dotcom e três de seus sócios, atualmente em liberdade condicional à espera do início do julgamento de extradição previsto para agosto, foram detidos em janeiro de 2012 na mansão em que o alemão vivia nos arredores de Auckland.

Essa vasta operação policial incluiu o confisco de seus bens, o congelamento de suas contas, o fechamento do site Megaupload e várias detenções na Europa.

Os EUA atribuem ao Megaupload o prejuízo de mais de US$ 500 milhões à indústria do cinema e da música por transgredir direitos autorais e obter com isso um lucro de US$ 175 milhões.

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Sydney - O Partido Trabalhista da Nova Zelândia revelou novos documentos sobre a espionagem ilegal que teve como alvo o fundador do extinto portal Megaupload, Kim Dotcom , reclamado pelos Estados Unidos por suposta pirataria informática, informou nesta quarta-feira a imprensa local.

O segundo principal líder desse partido opositor, Grant Robertson, disse à "Radio New Zealand" que os documentos refletem "a combinação de uma conduta extremamente trôpega, uma comunicação muito pobre e encobrimento" por parte das autoridades neozelandesas.

Robertson obteve e-mails e declarações apresentadas perante o Tribunal Superior da Nova Zelândia como parte do processo legal contra Dotcom revelando que o Escritório Governamental de Segurança nas Comunicações (GCSB, na sigla em inglês) sabia que Dotcom e seus associados haviam sido alvo de espionagem ilegal sete meses antes de o escândalo vir à tona.

As novas evidências incluem o testemunho de um funcionário do GCSB que afirma que em 22 de fevereiro de 2012 o Ministério de Imigração informou à Agência contra Crimes Financeiros da Polícia que Dotcom e outro suspeito tinham permissão para viver na Nova Zelândia.

No entanto, apenas em setembro explodiu este escândalo sobre a espionagem ilegal por parte do GCSB contra o alemão e seu sócio holandês Bram van der Kolk antes da operação orquestrada pelo FBI contra o Megaupload em janeiro de 2012.

O GCSB, cujas funções se limitam a investigar estrangeiros, assegurou depois que desconhecia que Dotcom e Van der Kolk tinham permissão para viver na Nova Zelândia e que se guiou pelas informações fornecidas pela Polícia.


Robertson comentou hoje que as novas evidências geram sérias dúvidas sobre a operação contra Dotcom e sobre a extensão das informações à que tinha acesso o primeiro-ministro neozelandês, John Key, sobre a espionagem ilegal.

Além disso, durante esta semana, Hugh Wolfensohn, que ocupava o cargo de subdiretor do GCSB e desempenhou o posto de diretor interino durante o período da espionagem ilegal, renunciou a seu cargo a poucas semanas do anúncio das conclusões de uma investigação ordenada por Key.

Ao ser questionado hoje pelos jornalistas sobre o dever do GCSB de informá-lo que sabia da espionagem ilegal desde fevereiro de 2012, o primeiro-ministro disse que se tratava de um assunto operacional e que isso não é de sua incumbência.

Dotcom e três de seus sócios, atualmente em liberdade condicional à espera do início do julgamento de extradição previsto para agosto, foram detidos em janeiro de 2012 na mansão em que o alemão vivia nos arredores de Auckland.

Essa vasta operação policial incluiu o confisco de seus bens, o congelamento de suas contas, o fechamento do site Megaupload e várias detenções na Europa.

Os EUA atribuem ao Megaupload o prejuízo de mais de US$ 500 milhões à indústria do cinema e da música por transgredir direitos autorais e obter com isso um lucro de US$ 175 milhões.

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