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Coronavírus deve causar impacto grave no mercado de smartphones

Vendas de celulares podem despencar 15% neste ano e a retração prevista para os tablets é ainda maior

Smartphones: com fábricas fechadas, a venda de celulares deve ter resultado ruim em 2020 (Maskot/Getty Images)

Smartphones: com fábricas fechadas, a venda de celulares deve ter resultado ruim em 2020 (Maskot/Getty Images)

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Rodrigo Loureiro

Publicado em 23 de abril de 2020 às 14h44.

Um estudo realizado pela consultoria IDC revelou que smartphones, tablets e computadores estão entre os produtos eletrônicos mais afetados pela crise do novo coronavírus. Segundo a consultoria, o mercado de celulares sozinho deve sofrer retração de até 15% neste ano.

A projeção do IDC antes da pandemia reportava queda de 0,2% na venda de aparelhos de telefonia móvel. Com o impacto causado pela covid-19, as novas estimativas são de 10% até 15% de contração no setor que engloba empresas como Apple, Samsung, Huawei, Xiaomi, entre outras.

O mercado de PCs será menos afetado. A baixa prevista para 1,9% neste ano foi substituída por 8%. Entre 7 e 8 milhões de unidades devem chegar às lojas neste ano, sendo 80% desta quantidade composta por laptops.

Já o mercado de tablets deve encolher de 15% até 17% - bem acima da retração de 9,9% projetada para 2020. Mas ainda há luz no fim do túnel. O IDC prevê que empresas de médio porte, principalmente na área de saúde, terão uma maior demanda por tablets que custam entre 600 e 1 mil dólares.

Os motivos para a queda nas vendas estão relacionados com os problemas de produção de empresas de todo o mundo, principalmente da China. O país asiático é o principal fornecedor de componentes para a fabricação de celulares. Com as fábricas trabalhando entre 30% e 50% de sua capacidade, a previsão é de que as vendas durante o ano recuem.

Além disso, o IDC cita limitações de tráfego impostas por alguns países da América Latina como forma de minimizarem os efeitos da disseminação do coronavírus. Esse obstáculo logístico causou o desligamento temporário de algumas plantas produtivas da indústria de tecnologia da informação e contribuiu para as estimativas negativas.

Hora de crescer

Na contramão da retração estão os smartwatches. De acordo com o IDC, o setor de relógios inteligentes deve crescer entre 1% e 3% neste ano. Apesar da alta, vale lembrar que o setor havia dobrado de tamanho em 2019.

O mercado de pulseiras inteligentes também terá um crescimento mais humilde. Em vez dos 122% em 2019, a expectativa para este ano é de alta de 4% a 8%.

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