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Como o recuo da Microsoft consolida Nintendo e Sony nos games

Mesmo com a concorrência menos acirrada, as gigantes possuem desafios operacionais importantes

Phil Spencer: presidente da divisão de Xbox, na Microsoft (I Hate Flash/CCXP23/Divulgação)

Phil Spencer: presidente da divisão de Xbox, na Microsoft (I Hate Flash/CCXP23/Divulgação)

Luiz Anversa
Luiz Anversa

Repórter colaborador

Publicado em 6 de março de 2024 às 14h20.

Última atualização em 6 de março de 2024 às 14h21.

O chefe da área de eletrônicos da Microsoft, Phil Spencer, disse no mês passado que planejava lançar em plataformas de concorrentes jogos que seriam dedicados exclusivamente ao Xbox. Essa decisão faz parte de uma atualização do penoso plano de focar no streaming de jogos como o futuro para o setor de videogames.

Com a aposta arriscada, a Microsoft e seu Xbox disputam a lanterna do setor e com isso deixa o espaço livre para as líderes. Segundo o Financial Times, a possibilidade de uma nova era de guerra de consoles, menos internacionalizada, pode consolidar o predomínio da indústria japonesa com Nintendo e Sony, revivendo os anos 90 quando a mesma Nintendo e, na época, a Sega, disputavam a preferência dos fãs de games.

Apesar disso, as duas companhias passam por momentos complicados. A Sony anunciou na semana passada que pretende demitir 900 funcionários de sua unidade de jogos.

Já a Nintendo o problema é de "timing". Ela lançou o Switch ainda em 2017 e hoje o desempenho do console é superado por alguns celulares. A empresa de Kyoto não disse quando a próxima geração do Switch vem aí.

Analistas ouvidos pelo FT afirmam que a Nintendo continua traumatizada com a experiência de 2012, quando lançou um sucessor mal concebido ao console Wii, que havia sido um sucesso mundial.

Já o problema da Sony, além dos cortes no pessoal, passa por uma questão contábil e de preço, pois gerações anteriores do PlayStation foram lançadas com a expectativa de que a máquina seria vendida com prejuízo, antes que os preços de alguns componentes caíssem, permitindo à companhia atingir o ponto de equilíbrio e, com o tempo, o corte dos preços para os consumidores.

O PS4 teve dois cortes de preços no total de US$ 100. O PS5, lançado há quatro anos, não teve nenhum. Os sinais do comando da Sony para essa área são de que os cortes de preços não virão tão cedo. Se vierem.

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