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Clientes de telefonia fixa usam cada vez menos o telefone

Só em 2012, queda em minutos locais trafegados entre assinantes de STFC destas empresas foi de 22,6%


	Telefone: desde 2008, queda nos minutos locais trafegados pelas redes das concessionárias foi de quase 50%
 (Yosep Sugiarto/Stock Exchange)

Telefone: desde 2008, queda nos minutos locais trafegados pelas redes das concessionárias foi de quase 50% (Yosep Sugiarto/Stock Exchange)

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Da Redação

Publicado em 25 de abril de 2013 às 12h39.

São Paulo - Levantamento da Anatel a que este noticiário teve acesso mostra que o brasileiro está usando cada vez menos o telefone fixo. Segundo a análise da agência, que está embasando as discussões internas sobre o futuro do STFC, só no período de 2011 a 2012 o tráfego total, em minutos cursados, caiu 15,6% na telefonia fixa, de 98,16 bilhões de minutos por ano para 82,88 bilhões de minutos por ano.

A causa do problema está no desempenho das concessionárias. Olhando-se apenas a realidade destas empresas (Oi, Telefônica, CTBC e Sercomtel), a queda foi de nada menos do que 22,6% em um ano, passando de 71,22 bilhões de minutos para 55,14 bilhões de minutos.

Por outro lado, tráfego nas autorizadas (o que inclui GVT e a Net/Embratel) tem crescido um pouco. No ano passado, o aumento foi de 3%, indo de 26,94 bilhões de minutos para 27,27 bilhões de minutos no ano.

De 2008 até o final de 2012, segundo a análise da Anatel, a queda nos minutos locais trafegados pelas redes de STFC das concessionárias foi de quase 50% (em 2008, eram trafegados 112,49 bilhões de minutos; e caíram para 82,8 bilhões em 2012). No mesmo período, o tráfego local das autorizadas cresceu 65% (de 16,82 bilhões em 2008 para 27,74 bilhões em 2012).

Parte da queda do volume de minutos locais trafegados das concessionárias se explica pela perda de base de clientes para as autorizadas. Só no ano passado, as concessionárias viram sumir de suas bases de clientes nada menos do que 1,65 milhão de assinantes, o que foi um número recorde desde que esse processo começou.

Mas independente disso, o consumidor de telefonia fixa está falando menos. Em 2008, um assinante de telefonia fixa das concessionárias falava, em média, 26% a mais do que um usuário de telefonia fixa de uma operadora competitiva. Eram 3,25 mil minutos por acesso ao ano contra 2,55 mil minutos por acesso ao ano das autorizadas.


Em 2012, o assinante das autorizadas passou a falar uma média de 1,92 mil minutos ao ano, contra 1,84 mil minutos/ano do assinante da concessionária. No geral, todos os assinantes de telefonia fixa estão falando menos localmente. No market share, as autorizadas hoje abocanham um terço (33%) dos minutos locais cursados, percentual muito parecido com o share em total de acessos.

De 2011 para 2012, a queda no total de minutos médios falados por assinante de telefonia fixa foi de quase 20%. Se no final de 2011 cada usuário de STFC falava em média 2,28 mil minutos, no final de 2012 esse número era de, em média, 1,87 mil minutos.

Longa distância

Já o tráfego de longa distância nacional tem crescido. Segundo dados da Anatel, eram ao todo 32,26 bilhões de minutos trafegados ao ano em longa distância nacional em 2005, número que saltou para 68,36 bilhões em 2012.

As concessionárias (nesse caso incluída a Embratel) tiveram um tráfego total cerca de 30 bilhões de minutos locais em 2012, contra 38,4 bilhões das autorizadas (aí incluídas as operadoras de celular). Só em 2012, o crescimento do mercado de longa distância nacional, em minutos trafegados, foi de 17%, com uma expansão muito parecida de concessionárias e autorizadas.

Já na longa distância internacional, a queda é constante. Em 2005 eram 658 milhões de minutos trafegados ao ano, número que ficou em 403 milhões em 2012. Só no ano passado a queda foi de 4%.

Por fim, o estudo da Anatel também mostra que os orelhões são hoje utilizados em uma proporção muito menor do que eram há alguns anos. Em 2007, o consumo em TUPs (Terminais de Uso Público) era de 700 milhões de créditos ao mês. Em dezembro do ano passado, esse número era de menos de 100 milhões de créditos ao mês.

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