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Apple enfrenta problemas crescentes na China com queda de vendas

A estreia-surpresa de um smartphone com processador 5G da Huawei em agosto também se aproveitou do patriotismo para ganhar mercado do iPhone

Apple: empresa divulgou as vendas mais baixas na China desde meados de 2022 (Leandro Fonseca) (Leandro Fonseca /Exame)

Apple: empresa divulgou as vendas mais baixas na China desde meados de 2022 (Leandro Fonseca) (Leandro Fonseca /Exame)

Bloomberg
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Agência de notícias

Publicado em 4 de novembro de 2023 às 14h31.

As perspectivas de vendas fracas da Apple para este fim de ano colocaram em evidência as dificuldades crescentes que a fabricante do iPhone enfrenta na China, com o crescimento inesperado da concorrente Huawei em um ambiente de negócios cada vez mais hostil para a gigante de tecnologia americana.

A Apple, que tenta reverter vários trimestres sucessivos de queda de receita, divulgou as vendas mais baixas na China desde meados de 2022. O CEO Tim Cook garantiu aos analistas e investidores de Wall Street que a demanda pelo iPhone continua forte na China, culpando os Macs e iPads pelos números piores do que o esperado. Mas ele também previu que o atual trimestre, que inclui as vendas de natal, não terá crescimento em relação ao ano anterior.

Os investidores estão cada vez mais preocupados com as perspectivas do iPhone na China, que responde por cerca de um quinto das vendas da Apple e abriga sua maior base de produção. O consumo no país está fraco e as empresas americanas enfrentam cada vez mais pressão em meio às tensões diplomáticas entre Washington e Pequim. E a estreia-surpresa de um smartphone com processador 5G da Huawei em agosto também se aproveitou do patriotismo para ganhar mercado do iPhone.

“Os desafios que a Apple enfrenta na China não têm precedentes”, disse Will Wong, analista da International Data Corporation. “Além de ter que lidar com as tensões políticas e a concorrência da Huawei, a empresa também enfrenta menos confiança do consumidor, que está mais racional e cauteloso com os gastos.”

A receita da Apple na China, Hong Kong, Macau e Taiwan caiu 2% no terceiro trimestre, e há sinais de que a tendência pode persistir: as vendas iniciais do iPhone 15 na China foram 6% menor do que as do aparelho anterior, em parte por causa da Huawei, segundo a consultoria GfK.

Mas Cook disse que o iPhone continua a avançar na China, o maior mercado mundial de smartphones. Vários modelos estavam entre os quatro telefones mais vendidos nas grandes cidades da China, disse ele.

“A China é um mercado extremamente importante”, disse o CEO em uma teleconferência de resultados. “E estou muito otimista sobre isso.”

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