Tecnologia

A nova missão das CEOs da PiniOn: um negócio mais saudável e centrado

Sob a nova gestão de Carolina Dantas e Talita Castro, a PiniOn redefine seus objetivos, com uma meta de crescimento de 50% para 2024

Carolina Dantas e Talita Castro: executivas dividem o comando da PiniOn

Carolina Dantas e Talita Castro: executivas dividem o comando da PiniOn

André Lopes
André Lopes

Repórter

Publicado em 8 de março de 2024 às 14h49.

Última atualização em 8 de março de 2024 às 15h38.

A PiniOn, startup brasileira de microtarefas para gerar renda extra, está em uma nova fase sob a direção de Carolina Dantas e Talita Castro, que assumiram conjuntamente o cargo de CEO no mês passado. O comando dividido chega com uma missão clara: deixar o negócio mais saudável e centrado em sua missão principal.

Com a promoção das executivas, a PiniOn não apenas aposta em uma gestão rejuvenescida, mas também em uma perspectiva que, segundo as executivas, valoriza a clareza estratégica. "O momento da PiniOn é de pé no chão, sem estratégias megalomaníacas", diz Carolina, delineando a nova postura da empresa.

Essa visão mais simplificada, por assim dizer, ainda assim, vem com uma meta de crescimento de 50% para 2024, com uma parcela significativa desse crescimento, especificamente 80%, já antecipada com base nos clientes e negócios atuais.

Em sua última rodada de investimento, há dois anos, a empresa atingiu um valuation de US$ 100 milhões e uma base de usuários que ultrapassou os 3 milhões. Os números indicam expansão e aproveitam que, a favor da empresa, está o próprio compromisso com a geração de renda complementar, especialmente em um cenário econômico global incerto.

Para entender melhor, o aplicativo da startup é capaz de coordenar tarefas em escala para empresas, governos e também para o segundo setor, e com isso, melhorar a eficiência dos negócios.

Em um exemplo prático, o cliente, dono de uma marca de sabonete, quer entender se eles estão disputando na categoria de preço correta. Para chegar em uma conclusão, a PiniOn elabora um questionário que trará a resposta e se torna uma missão para os usuários — como eles chamam as microtarefas.

É daí que vem a receita da PiniOn. Por outro lado, quem realiza as tarefas sugeridas pela plataforma recebe, por isso, uma pequena remuneração. Os pagamentos variam muito, seguindo uma escala de complexidade por missão, e podem ir de R$ 1 a R$ 100.

Impacto de fora para dentro

A presença de mulheres no topo da gestão da PiniOn não é somente um marco importante para a empresa, mas também um sinal positivo para o setor tecnológico como um todo. Carolina e Talita trabalharam juntas na PiniOn, em outros cargos, por mais de seis anos, e enfrentam os desafios inerentes à liderança feminina no ambiente majoritariamente masculino da tecnologia.

Em parte da trajetória que tiveram, ainda que no percurso enxergassem o comando da PiniOn como um plano distante, indica simbiose entre o que a empresa faz com a geração de impacto social por meio de suas atividades e uma certa sensibilidade pela abordagem inclusiva da economia.

"Temos uma preocupação muito grande de fazer claro o tempo todo, de entender que a gente tem pessoas com níveis de letramento completamente diferentes dentro do app. Tecnologia e sociedade, nesse caso, precisam se complementar e ai entra a inteligência artificial e outras ferramentas para impulsionar essa relação", afirma Talita, sublinhando o esforço da empresa em engajar e compreender sua diversificada base de usuários. As novas missões da PiniOn estão dadas.

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