Revista Exame

Casa do Dragão está de volta e agora a promessa é de guerra

Segunda temporada de A Casa do Dragão marca o início da guerra entre a família Targaryen, com muito sangue e fogo

Tom Glynn-Carney e Ewan Mitchell: traumas de família (Max/Divulgação)

Tom Glynn-Carney e Ewan Mitchell: traumas de família (Max/Divulgação)

Publicado em 18 de junho de 2024 às 06h00.

Última atualização em 20 de junho de 2024 às 15h26.

Depois de uma temporada energizante, com mais de 1 bilhão de minutos visualizados em todos os seus dez episódios, dois anos atrás, A Casa do Dragão, spin-off de Game of Thrones, está de volta em seu segundo ano. Agora, com promessa de guerra: começa a chamada Dança dos Dragões, disputa entre os Verdes e os Pretos que dizimou a força da Casa ­Targaryen no universo criado por ­George R. R. Martin.

Do lado dos Verdes, liderados por Alicent Hightower (Olivia Cooke) e Aegon II Targaryen (Tom Glynn-Carney), a tensão começou já no último episódio da primeira temporada, quando Aemond Targaryen (Ewan ­Mit­chell) mata o meio-irmão ­Lucerys Targaryen (Elliot Grihault). “Era o acúmulo dessas histórias de dois personagens finalmente chegando a um ponto crítico, que foi deixado sem solução pela família”, comentou Ewan em entrevista à Casual EXAME. “Apesar de intensa, foi uma cena incrível de gravar, porque tivemos todo o equipamento para simular os dragões, a máquina para recriar a chuva. Ficou fantástico na tela, mas também foi superimersivo para nós, atores.”

Agora empossado rei, outro personagem que chamará a atenção na segunda temporada­ da série é Aegon II Targaryen. De perdido e inerte à briga dentro de sua família, ele se tornará um dos pontos de poder centrais para os próximos capítulos. Uma mudança drástica de atuação para Tom Glynn. “Há mais responsabilidade desta vez, mas também há mais tempo para explorarmos Aegon. Pude conhecê-lo mais fazendo esta temporada. É mais difícil interpretar os desequilibrados, mas são eles os que mais gosto de fazer”, explicou o ator. “É exaustivo; às vezes volto para casa com as cenas, porque é um personagem profundamente traumatizado. Mas consegui evoluir muito interpretando ele e me senti desafiado.”

Tanto o personagem de Ewan como o de Tom são complexos. ­Aemond perdeu um olho na infância e seguiu acompanhando os traumas de sua família às sombras do irmão, Aegon II, que agora, diante de todos os problemas familiares, assume o trono de ferro. Para interpretá-los, os atores recorreram a inspirações de outros personagens perturbados na mídia.

“Tive muitas referências, sobretudo biografias de grandes personalidades que chegaram ao poder, para me conectar mais com Aegon II. Também me inspirei na performance de alguns atores que admiro muito, como Philip Seymour Hoffman, Heath Ledger e Joaquin Phoenix, atores que são realmente devotos ao que fazem”, revelou Tom.

Para Ewan, a inspiração veio principalmente de poemas e outros livros clássicos. “É difícil dar emoções a um personagem que se expressa tanto pelo rosto e ainda é caolho”, brincou ele. “Shakespeare já disse que os olhos são as janelas da alma. Isso ficou na minha mente. Também me inspirei em ícones de filmes de terror dos anos 1980 que são incrivelmente sombrios, quis trazer algo de Michael Myers em ­Halloween e do Creeper de Jeepers Creepers.”

Para a segunda temporada, o lema da Casa Targaryen, “Sangue e Fogo”, será ainda mais presente. Os showrunners já divulgaram que haverá mais cenas com dragões, mais mortes e mais intrigas. Resta agora escolher um lado: entre Verdes e Pretos, somente um poderá se sentar no trono de ferro.

A Casa do Dragão: 2a temporada | 16 de junho, na Max |  Com Emma D’arcy, Olivia Cooke, Matt Smith, Ewan Mitchell, Tom Glynn-Carney e outros

Por Luiza Vilela, da Cidade do México (A repórter viajou a convite do Prime Video)


LITERATURA

Vozes do Brasil 

O Ouvidor do Brasil — 99 vezes Tom Jobim | Ruy Castro | Companhia das Letras | 69,90 reais (Companhia das Letras/Divulgação)

Não é novidade que Tom Jobim mudou, com outros nomes de peso, a história da música brasileira com a bossa nova. Agora, Ruy Castro mostra outros lados do cantor e compositor brasileiro em 99 crônicas apresentadas em O Ouvidor do Brasil. Os textos formam uma espécie de perfil biográfico, além de apresentar fatos inéditos, histórias de bastidores e informações sobre os grandes personagens da cena musical nos anos 1950 e 1960.


SÉRIE

Inocente ou culpado?

Acima de Qualquer Suspeita | Disponível na Apple TV+ | Com Jake Gyllenhaal, Ruth Negga e Bill Camp (Apple TV+/Divulgação)

Há 34 anos, Harrison Ford interpretava Rusty Sabich, vice-promotor-chefe de Chicago que descobria que sua colega havia sido assassinada e ele era o principal suspeito do crime. Acima de Qualquer Suspeita mistura temas de política, poder, romance e crime. A história baseada no romance homônimo de Scott Turow agora ganha uma nova versão, uma série de oito episódios na Apple TV+ com Jake Gyllenhaal no papel de Rusty.


EXPOSIÇÃO

Mulheres do museu

Catherine Opie: retrato da cena queer californiana (Masp/Divulgação)

Em julho, o Masp inaugura duas mostras, das artistas Catherine Opie e Lia D Castro

Seguindo a programação voltada para artistas ­LGBTQIA+ em 2024, o Masp apresenta duas novas exposições a partir de 5 de julho. Catherine Opie: O Gênero de Retrato apresenta fotografias da artista americana conhecida por seus retratos da cena queer­ californiana desde o final dos anos 1980. A mostra é a primeira individual de Opie no Brasil. As 60 obras estarão expostas nos icônicos cavaletes de vidro de Lina Bo Bardi.

Já a segunda abertura do mês, Lia D Castro: Em Todo e Nenhum Lugar, apresenta a produção de Lia D Castro, que, por meio de pinturas, gravuras, objetos, fotografias e desenhos, aborda as maneiras como o afeto e o cuidado podem ser importantes ferramentas de transformação social. A artista investiga de que forma a prostituição influencia nas relações de raça, classe e gênero, em situações de vulnerabilidade e intimidade. Seus trabalhos são elaborados a partir de encontros com homens cisgêneros, em sua maioria brancos, heterossexuais, de classe média e alta, para subverter relações de poder e violência que possam surgir daí, transformando-as em responsabilidade e afeto. Temas como masculinidade e branquitude são abordados por D Castro nessas trocas, envolvendo diretamente seus colaboradores.

MASP — Av. Paulista, 1.578, São Paulo

Catherine Opie: o gênero do retrato | de 5 de julho a 27 de outubro de 2024 | 2o subsolo

Lia D Castro: em todo e nenhum lugar | de 5 de julho a 17 de novembro de 2024 | 1o subsolo

Por Júlia storch


Um lugar para comprar óculos...

...em Amsterdã (Holanda)

Ace and Tate é uma loja de óculos conhecida por sua estética distintamente holandesa. A ideia central da marca é que trocar de óculos deveria ser tão simples quanto trocar de sapatos, e é assim mesmo. Em menos de 1 hora, você sai de óculos novos já com a prescrição correta.

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A marca de óculos Moscot foi fundada em Nova York por Hyman Moscot, que emigrou da Europa Oriental para os Estados Unidos. Com mais de 100 anos de história, a empresa é atualmente administrada pela quarta e pela quinta geração da família, mantendo um estilo autêntico e descolado.

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Anne Hathaway e Harry Styles já foram vistos com óculos da Lapima. Fundada em 2016 por um casal de empreendedores brasileiros, produz óculos 100% artesanais no ateliê localizado em Campinas. Cada armação chama a atenção como se fosse uma peça de roupa. 

Por Carolina Gehlen


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