Renato Tano e Miriam Retz, da Covalenty: conversas com fundos com teses mais sólidas (Divulgação/Divulgação)
Repórter de Negócios
Publicado em 28 de julho de 2023 às 06h00.
Última atualização em 31 de julho de 2023 às 18h31.
Os engenheiros da computação Miriam Retz e Renato Tano conheceram um ao outro nos bancos escolares. Ambos estudaram computação na Escola Politécnica da Universidade de São Paulo. A convivência de mais de uma década já rendeu dois negócios. O primeiro, aberto em 2017, foi a startup EasyDeco, um marketplace de artigos para casa e decoração com uma proposta parecida com a da americana Etsy.
O negócio demorou para decolar e, apesar de ter recebido um aporte, fechou as portas após quatro anos. Para a dupla, um dos principais ganhos da experiência com a EasyDeco foi o contato com fundos de investimento, seja para apresentar o negócio, seja para mostrar a visão de mundo deles. Mais maduros, no começo de 2022 eles abriram a Covalenty, uma plataforma para farmácias de bairro, distribuidoras e indústrias de medicamentos. É, de novo, um marketplace. Apesar disso, as conversas com investidores nesse caso partiram de teses mais sólidas. “Já conhecíamos bem os fundos, e eles entendiam nosso trabalho”, diz Retz.
O aporte veio em pouco mais de cinco meses de negociação. Anunciada em abril, a rodada de 5,5 milhões de reais na Covalenty teve a participação da Iporanga Ventures e da Domo, dois ventures reconhecidos por aportes semente em startups promissoras com apenas meses de vida. A dupla credita a rapidez do aporte ao segmento escolhido para a atuação da Covalenty — o Brasil é um dos países com maior densidade de farmácias no mundo. E, para além disso, a ambição dos sócios é desenvolver produtos financeiros atrelados ao negócio original, um must have para muitos investidores na hora de tomar a decisão sobre colocar dinheiro numa startup. “Muitos market-places têm desenvolvido suas próprias fintechs. É o caminho natural para startups desse segmento”, diz Retz. Para 2023, a expectativa dos fundadores da Covalenty é chegar a 300 pequenas e médias redes de farmácias até o fim do ano, o triplo do número atual de clientes.