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Após morte de Ziraldo, Turma da Mônica presta homanagem ao chargista

O artista morreu na tarde deste sábado, 6, aos 91 anos

Ziraldo é homenageado por Maurício de Souza (Redes Sociais/Turma da Mônica/Reprodução)

Ziraldo é homenageado por Maurício de Souza (Redes Sociais/Turma da Mônica/Reprodução)

Mateus Omena
Mateus Omena

Repórter da Home

Publicado em 7 de abril de 2024 às 15h11.

Última atualização em 7 de abril de 2024 às 15h11.

Após o anúncio do falecimento de Ziraldo, diversos artistas expressaram suas homenagens e condolências ao renomado cartunista. O artista morreu neste sábado, 6, aos 91 anos.

Diante da tragédia, a Turma da Mônica compartilhou, por meio das redes sociais, uma ilustração do livro "MMMMM – Mônica e Menino Maluquinho na Montanha Mágica", uma colaboração entre Mauricio de Sousa, Ziraldo e Manuel Filho, lançado na Bienal do Livro de São Paulo em 2018.

“Ziraldo partiu, deixando uma legião de maluquinhos que continuarão honrando sua memória e legado. Para sempre, Ziraldo”, escreveu o portal da Turminha na legenda.

O quadrinista Mauricio de Souza, por sua vez, já havia enviado um comunicado à imprensa lamentando profundamente a morte de Ziraldo. Ele também compartilhou uma emocionante homenagem ao amigo e colega de profissão em suas redes sociais.

“Que tristeza! Não tenho palavras. Perdi mais do que um grande amigo. Perdi um irmão. Das letras, dos traços e da vida! Mas ele estará sempre aqui em meu coração. E nos corações de milhões de brasileiros maluquinhos, de todas as idades, que continuarão apaixonados por sua obra. Viva, Ziraldo!”, diz, na legenda do post.

Grande perda

Ziraldo Alves Pinto morreu neste sábado, 6, aos 91 anos. Ele é conhecido por seus trabalhos como chargista, caricaturista e jornalista. E criou diversas obras literárias, principalmente a mais icônica "O Menino Maluquinho", que marcou a infância e a educação de muitas crianças brasileiras.

A morte foi confirmada pela família do quadrinista à imprensa. Segundo a CNN, Ziraldo faleceu enquanto dormia no apartamento no bairro da Lagoa, na Zona Sul do Rio de Janeiro. A morte teria acontecido por volta das 15h. Np entanto, a família não informou a causa da morte.

Além de “O Menino Maluquinho”, Ziraldo ficou conhecido por a “Turma do Pererê”. Em 1960, fundou o jornal “O Pasquim”, que atuou firmemente contra a ditadura militar no Brasil.

Foi em Caratinga, em Minas Gerais, onde passou a infância. Nascido 24 de outubro de 1932, Ziraldo era o mais velho de sete irmãos, e desde pequeno já se aventurava nos desenhos, profissão que nasceu da paixão pela literatura. Em 1939, publicou sua primeira ilustração no jornal “A Folha de Minas”, com apenas seis anos de idade.

Iniciou oficialmente sua carreira em 1950, com a revista “Era uma vez...”. Se encontrou no humor em 1954, no “A Folha de Minas”. A graduação em Direito pela Faculdade de Direito de Minas Gerais, em Belo Horizonte, foi em 1957, ano em que entrou para as revistas “A Cigarra” e “O Cruzeiro”.

Trabalhou ainda no “Jornal do Brasil”, com charges de política e cartuns. Foi na década de 1960 que se encontrou nos quadrinhos, publicando a revista “Turma do Pererê”, que deixou de ser publicada com o início da ditadura militar. Chegou a ser preso em 1968, um dia depois do AI-5.

“O Menino Maluquinho”, seu maior sucesso, surgiu em 1980. Ainda hoje é considerado com um dos maiores sucessos para o setor de quadrinhos do Brasil.

Teve três filhos com Vilma Gontijo, com quem se casou em 1958: Daniela, Fabrizia e Antônio.

Acompanhe tudo sobre:HQ – histórias em quadrinhosLiteraturaMortes

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