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Pesquisa mostra o perfil dos investidores de startups brasileiros

Mapeamento da Comunidade Anjos & VCs da Jupter aponta que cerca de 90% dos investidores estão ativos para investir em novas startups brasileiras

Venture Capital: 71,7% dos investidores usam capital próprio para o investimento em startups (Hispanolistic/Getty Images)
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Carolina Ingizza

Publicado em 17 de dezembro de 2020 às 16h15.

Última atualização em 21 de dezembro de 2020 às 18h37.

De janeiro a dezembro de 2020, a Comunidade Anjos e VCs da Jupter, que encontra e financia projetos de inovação , se propôs a traçar um panorama dos investidores de startups no Brasil. Ouvindo 128 investidores, a empresa lançou o “Mapa de Investidores 2020”, que dá pistas sobre como flui o dinheiro no ecossistema brasileiro de startups.

Hoje temos mais de oito mil pessoas investindo, mas proporcionalmente ao tamanho do nosso PIB e da nossa população, os investidores ainda são raros no Brasil”, diz Bruno Dequech Ceschin, líder da pesquisa e cofundador da Jupter.

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A pesquisa mostra que 88,3% dos investidores estão ativos e prontos para alocar capital em novas startups. Cerca de 70% estão investindo, 28,9% estão em processo de estruturação de novos fundos e 13,3% estão em busca de novos investimentos, contra 16,4% que estão desinvestindo e 1,6% inativos para novos investimentos. No total, 37 novos fundos estão sendo estruturados atualmente no país.

A maior parte dos investidores brasileiros (39,8%) está voltada para aportes iniciais, de capital semente, que ajudam a empresa a validar o produto no mercado. Depois, 15,6% dizem que são especializados em rodadas ainda anteriores, de pré-seed. Outros 14,8% investem em série A; 12,5% em rodadas anjo; e 11,7% em aceleração de negócios.

Hoje, 71,7% dos investidores usa capital próprio para o investimento em startups. 47,5% usam recursos de family offices e 30%, de grandes corporações. "Uma das tendências de investimentos para os próximos meses é que os investidores especialistas ganhem mais espaço, amadurecendo o mercado, com financiamento de startups de segmentos específicos, como fintechs, agtechs, educação, construção civil e mercado imobiliário, healthtech, entre outros”, diz Ceschin.

Segundo a pesquisa , não há uma rota única para as startups que querem crescer usando capital de risco no Brasil. Elas podem começar sua jornada em aceleradoras, receber capital de grupos de investidores-anjo, optar por equity crowdfunding ou buscar um fundo de seed e pré-seed, antes de seguir pela jornada de séries. "Cada vez mais a realidade é o menos linear possível", afirma o líder da pesquisa.

Para Ceschin, a taxa básica de juros em um dos seus menores patamares históricos, a 2% ao ano, incentiva que mais investidores estejam aptos a tomar risco em busca de melhores retornos financeiros. “O Brasil já tem unicórnios, fusões e aquisições, tem IPOs frequentes nas Bolsas de Valores, tem empresas de tecnologia que foram criadas há muito pouco tempo e já valem muito no mercado — isso derruba o mito de que o investidor não terá saídas”, afirma.

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