Restaurante Verdano Fresh Food: redes de comida saudável começam a se espalhar (Divulgação)
Da Redação
Publicado em 14 de junho de 2012 às 06h00.
São Paulo – No cardápio, saladas orgânicas, sucos naturais e sanduíches integrais. Tudo com a promessa de ser fresco, saudável e rentável. O conceito de fresh food, bastante forte nos Estados Unidos e na Europa, começa a crescer no Brasil. A ideia é oferecer uma refeição rápida com ingredientes saudáveis.
Uma das redes mais conhecidas neste modelo é a britânica Pret a Manger. A empresa foi criada em 1986, em Londres, por colegas de faculdade que queriam vender sanduíches sem aditivos químicos ou conservantes como os encontrados em lanches de fast-food. Hoje, são quase 300 lojas espalhadas pelo mundo. A empresa defende um crescimento lento e recusa fortemente a abertura de franquias.
No Brasil, no entanto, praticamente todas as marcas deste tipo de alimentação operam através de franquias. Ainda pequeno, o mercado está atraindo novos players, inclusive internacionais. É o caso da rede suíça Not Guilty. Criada em 2007, a empresa tem como foco o público feminino das classes A e B. “A alimentação saudável no Brasil é nova, porém extremamente pujante. Se a alimentação fora do lar cresce em ritmo acelerado, a saudável cresce ainda mais”, diz Sergio Freire, CEO da marca no Brasil.
Com plano de abrir 30 lojas em 5 anos, a franquia tem como principal desafio encontrar os melhores fornecedores. “Para que estejamos sempre com os ingredientes mais frescos”, explica Freire.
Outra marca internacional que atua neste mercado no Brasil é a Salad Creations. A rede de culinária saudável surgiu em 2004, na Flórida, nos Estados Unidos, e aportou no Brasil em 2007. A empresa calcula chegar a 50 unidades até o final de 2013 no país. “O negócio de “fast good food” ainda tem que brigar mais por espaço na praça de alimentação, pois depende deste processo de transformação dos hábitos para poder crescer”, opina Ana Maura Werner, gerente de marketing da marca.
Segundo Ana, não são só as redes especializadas que esperam crescer no segmento de comida saudável. “Podemos ver também movimentos de quem já atua no setor fazendo modificações no cardápio para oferecer opções mais leves e saudáveis aos seus clientes. Isso é muito positivo e mostra uma preocupação em acompanhar esta transformação nos hábitos alimentares dos consumidores”, diz.
Também começam a se interessar pela alimentação rápida e saudável as redes que já atuam neste segmento com a venda de produtos. A Mundo Verde é um exemplo. Recentemente, a empresa anunciou um nova marca: a Verdano Fresh Food, seu braço de alimentação saudável. “Esse mercado de fresh food, derivando para o fast, ainda é muito pequeno no Brasil. Cuidar do corpo e da saúde não é mais modismo perto do verão. A gente sabe que as pessoas estão mais preocupadas com isso”, diz João Penna, diretor-executivo da Verdano Fresh Food.
Para Luis Felipe Campos, diretor e fundador da rede Seletti Culinária Saudável, este é um mercado que não deve desaquecer tão cedo. “A economia do bem estar é um caminho se volta, que vai acompanhar o movimento da economia do país”, afirma Campos. Mas, para ele, nem todo mundo vai conseguir se manter no mercado. “Pouca variedade, só suco e salada, não sustenta a operação”, opina.