Vintage Shop, localizado em Bauru, segue tendência do mercado e investe na ambientação, atendimento e comunicação
Vintage Shop by Mi Svicero: entre 2014 e 2015, o faturamento cresceu 700% (Cris Castello Branco/Sebrae-SP)
Da Redação
Publicado em 23 de maio de 2016 às 11h22.
São Paulo - Esqueça aquela imagem de roupas amontoadas e cheiro de mofo. Quando o cliente entra no brechó Vintage Shop a imagem é de uma loja butique, com trajes organizados, que até deixa uma dúvida se as peças são usadas mesmo.
O negócio, localizado em Bauru, segue a tendência de profissionalização dos brechós e faz parte de um mercado que tende a crescer com a crise, quando as pessoas buscam produtos mais baratos diante do aumento de endividamento, inflação e desemprego.
Aliado a isso, os brasileiros têm perdido o preconceito de comprar em brechós e buscam cada vez mais opções de consumo sustentável. São essas situações que contribuem para o avanço do mercado.
Em janeiro de 2013, dados do Sebrae mostravam 10,8 mil micro e pequenas empresas que comercializavam produtos usados. Em 2015, esse número subiu para 13,2 mil negócios, um aumento de 22,2%.
A empresária Michelle Svicero entrou pela primeira vez em um brechó quando tinha 15 anos. A atração pelo conceito foi tanta que ela até desistiu de estudar veterinária e seguiu para o lado da moda, onde se profissionalizou. Eu fiquei enlouquecida com o acesso a peças de outras décadas. Eu me apaixonei pela parte histórica e pela parte da sustentabilidade, de fazer o reuso das peças, conta Michelle, que nasceu nos Estados Unidos.
Lá é muito comum o consumo de peças seminovas. As pessoas fazem as vendas de garagem, completa.
A primeira experiência de Michelle com moda foi quando criou um blog onde postava os looks feitos apenas com peças de brechó. O interesse das leitoras pelo assunto motivou a transformação do hobby em negócio. O e--commerce entrou no ar quando a empresária tinha 17 anos. Hoje, com 22, ela comanda o Vintage Shop by Mi Svicero, um espaço com 250 metros quadrados inaugurado no fim de 2015.
Anteriormente, o negócio estava instalado em um lugar com um quinto do tamanho. Em Bauru não tinha um brechó com um ambiente legal. Quis fazer um lugar aconchegante, bonito, como se fosse uma butique, diz. A transformação do negócio contou com a ajuda do namorado e sócio João Augusto Barreto de Sampaio Alves, o Guto.
Enquanto Michelle cuida da parte de criação e consultoria do brechó, Guto contribui com os conhecimentos na parte de administração e marketing. O negócio ganhou uma nova logomarca, reestruturação no nome e direcionamento do público-alvo. O resultado? Entre 2014 e 2015, o faturamento cresceu 700%.
Michelle explica que os conhecimentos em moda fazem toda a diferença no negócio. As peças são selecionadas uma a uma e ela presta um atendimento personalizado - uma espécie de consultoria de moda para as clientes. No início, Michelle precisava garimpar as peças em diversos brechós. Hoje, ela compra tudo das clientes. Além de elas comprarem as peças, elas também trazem para vender, diz.
O e-commerce deixou de ser utilizado. As vendas ocorrem apenas na loja. Fazer toda uma produção para vender uma peça na internet não compensava o esforço. Hoje o ambiente online funciona como vitrine do Vintage Shop. O perfil no Facebook conta com 15 mil seguidoras que interagem diariamente com a empresária.
Pontos fortes
O consultor do Sebrae-SP Hugo Hoch destaca como um dos pontos fortes da marca a comunicação via Facebook. Todos os posts fazem sucesso. As peças não parecem usadas ou desgastadas. É feita uma produção e existe uma interação com as usuárias. Eles conseguem gerar um bom conteúdo, afirma. Além de entender muito bem o uso do Facebook, a empresa tem uma profunda compreensão do cliente, analisa Hoch.
O casal procurou a ajuda do Sebrae-SP e fez diversos cursos para aprender sobre finanças, fluxo de caixa e marketing. A questão da formação de preço foi muito importante para termos noção do mercado real. Achávamos que uma blusa poderia ser vendida por R$ 20, mas com os cálculos descobrimos que o preço correto seria R$ 25 para cobrir todos os custos, por exemplo, conta Guto.
Crise
A parte da comunicação é destacada por Guto como um dos fatores que contribuíram para a empresa se destacar na crise. No início, as pessoas mais velhas não entendiam a proposta da loja. Foi preciso começar um trabalho de aproximação com as clientes e um posicionamento da Michelle mais à frente da loja e nas redes sociais.
Em vez de as pessoas conversarem com o nome de uma empresa, elas conversam com uma pessoa. Isso traz proximidade, conseguimos acolher melhor. Respondemos todas as clientes como se fosse uma conversa habitual, não como se estivesse fechando um negócio, explica Guto.
Mesmo com todas as ações, o brechó não ficou imune à crise. O negócio registrou queda no tíquete médio. Se antes a cliente costumava gastar R$ 200, hoje desembolsa R$ 80. Mas a redução foi compensada com o aumento do número de clientes na loja. Unir a parte criativa, de conhecimento de moda, com os conhecimentos de gestão é extremamente importante para a empresa prosperar em momentos de crise, afirma o consultor do Sebrae-SP.
São Paulo – Ser empreendedor não é para qualquer pessoa. É preciso estar disposto a correr riscos, aprender constantemente e resolver problemas o tempo todo, já que você será sempre o responsável pelo bom andamento do seu negócio. Para saber o que é preciso para vencer neste meio, listamos aqui dez hábitos e características pessoais que ajudam os empreendedores a chegarem ao sucesso. Cada ponto foi relatado por executivos e especialistas, em resposta a um post na rede social Quora, que perguntava: “Quais são os hábitos que os empreendedores têm e as outras pessoas não?”. O post teve 66 respostas. Nevegue pelos slides acima e conheça as melhores, de acordo com a nossa seleção.
Para o professor de empreendedorismo Peter Baskerville, que leciona na escola australiana TAFE Queensland Brisbane, um dos grandes diferenciais do empreendedor é estar atento ao mundo ao redor, e “ligar os pontos” em busca de oportunidades. Segundo ele, a maioria das pessoas pensa que sua vida é regida por fatores desconectados. Os empreendedores não. “Empreendedores ficam ligados às constantes mudanças políticas, econômicas, sociais e tecnológicas e aprenderam a identificar as ligações no que parecem ser fatores aleatórios. Eles estão sempre atentos e prontos para ligar os pontos em busca de uma oportunidade em potencial no que parecem ser fatos sem conexão.”
3. 2 – Eles estão dispostos a fracassarzoom_out_map
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Para a empreendedora Siobhan Green, sócia e CEO da startup de estratégias digitais Sonjara, o que diferencia um empreendedor é a forma como ele lida com a possibilidade do fracasso. “É uma disposição para o fracasso. Fracassar não é só perder dinheiro, é também o constrangimento a perda de status. Para ter sucesso, você precisa arriscar sua reputação, seu nome e qualquer status que tenha acumulado. Se você falhar, a culpa é sua. Mesmo que você faça tudo certo, e as condições estiverem contra você, o fracasso ainda está na sua cabeça. Grandes recompensas exigem grandes riscos. Isso é realmente assustador para algumas pessoas, mais assustador do que perder dinheiro (o que já é difícil o suficiente).”
Para Jason M. Lemkin, criador do blog SaaStr.com, voltado para empreendedores, uma característica dessas pessoas é conseguir enxergar para além do risco. “Empreendedores de sucesso veem o outro lado, veem o negócio milionário onde hoje não existe nada, e seguem em direção a ele. Atentos ao risco, mas confiantes de que podem atravessar, ou ao menos confiantes de aquilo poderá ser feito por alguém. E eles estão bem com a ideia de irem eles mesmos.”
5. 4 – Eles usam o dinheiro para conseguir mais dinheirozoom_out_map
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Para Oliver Emberton, fundador da empresa britânica de software Silktide, uma característica dos empreendedores é que, enquanto a maioria das pessoas gasta seu dinheiro com coisas como comida e diversão, eles usam seu dinheiro para fazer mais dinheiro. “Considere uma pessoa comum que ganha na loteria. A maioria acaba gastando tudo em poucos anos, porque seu padrão mental é o de gastar tudo o que têm. Se as pessoas ganham um aumento no salário, elas vão e compram um carro novo. Para os empreendedores isso é loucura. Todo o dinheiro é um meio para fazer mais dinheiro.” Segundo Emberton, isso faz com que os empreendedores adiem seus próprios ganhos para maximizar o retorno. “Se estiver procurando um futuro empreendedor fracassado, olhe para aqueles que estão gastando com frivolidades. Tive um sócio que quis comprar carros da empresa para nós dois em nosso primeiro mês de negócio. Eu recusei”, conta.
O professor Gerard Danford, que leciona na universidade finlandesa Aalto, elenca três características marcantes entre os empreendedores: capacidade de resolver problemas, autonomia e autenticidade. “Resolver problemas: Os empreendedores reconhecem que algo está errado ou quebrado, sabem como resolver, e sabem como resolver melhor do que todos os outros. Autonomia: Empreendedores têm um senso de autonomia, um senso de quererem algum controle sobre o que fazem de suas vidas. Autenticidade: Empreendedores não querem ter que checar seus valores toda vez que vão ao trabalho.” Tudo isso, segundo Danford, tem muito pouco a ver com dinheiro. “Fazer dinheiro é consequência”, afirma.
Para o empreendedor Brian de Haaff, cofundador e CEO da empresa Aha!, que elabora estratégias para outros negócios, há várias características fundamentais para empreendedores. Uma delas é que eles sabem estabelecer metas. “Todos sabem que estabelecer metas é importante. No entanto, muitas pessoas dão toda a atenção para a ideia e falham em se voltar para a meta. Empreendedores de sucesso não chegam lá por acidente. Eles sabem como podem se distrair com o dia a dia de um negócio. É por isso que eles estabelecem uma estratégia e olham antes de tudo para a sua meta para planejar sua agenda diária”, afirma.
8. 7 – Eles sabem quando ser generososzoom_out_map
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Segundo o investidor e empreendedor Dan Freeman, uma característica importante para empreendedores é a forma como eles lidam com o dinheiro na hora de pagar por um serviço por exemplo. “Não desperdice dinheiro. No entanto, não seja mesquinho ao negociar com as pessoas que trabalham para você. Ao ser generoso com quem te ajuda a ir em frente, eles vão estar ali quando você realmente precisar (o que vai acontecer muitas vezes).” “Pague rapidamente. Quando você faz isso, as pessoas agradecem e isso constrói um bom karma. Mais uma vez, quando você precisar dessas pessoas, eles estarão mais dispostas a te ajudar. Muitas pessoas tentar demorar para pagar, o que tem o efeito contrário”, aconselha.
Para R.L. Adams, empreendedor e escritor, há diversas características que diferenciam os empreendedores, como acordar cedo e ter medas de longo prazo. Uma delas é a capacidade vender seu peixe. “Eles têm certo zelo e entusiasmo com os negócios e seu potencial de sucesso. Eles geralmente não são dissuadidos pelos pessimistas ou as probabilidades contrárias ao seu projeto. Muitos deles têm uma experiência com vendas e entendem a arte de fechar um negócio e fazer uma venda”, afirma.
Outra característica dos empreendedores, segundo Emanuel Martonca, CEO da Thinslices, uma empresa de desenvolvimento para celular, é a capacidade de manter o foco e a organização. “Eu mesmo desenvolvi um hábito que me ajuda com a produtividade do dia a dia – eu gosto de escrever todas as tarefas que eu preciso completar durante o dia. E geralmente faço uma lista complementar e, se eu consigo administrar muito bem meu tempo, dou conta das duas”, conta. Outro ponto importante, segundo o CEO, é saber priorizar. “É muito importante que a pessoa seja madura o suficiente para entender quais coisas devem ser resolvidas primeiro. Mesmo que você não goste disso, os projetos têm prazos, e cumprir algumas tarefas prazerosas não resolve a urgência das outras”, afirma.
O empreendedor Prithvi Raj recorre à história do cantor 50 Cent para destacar uma habilidade importante dos empreendedores: eles sempre estão dispostos a aprender. 50 Cent começou a vida no tráfico de drogas, quando ainda era adolescente, e aprendeu muito sobre negócios, afirma o empreendedor. Depois, o cantor se voltou para a música, onde aprendeu sobre marketing, distribuição e o poder da internet. “Ele se adapta às novas tendências, o que significa que ele adora mudar”, resume Raj.
A partir daí, Raj resume algumas características de empreendedores de sucesso: "1 – Eles não param de aprender. Aprendem através de livros, seminários, internet, e eles têm a humildade de perguntar; 2 – Eles não ficam parados; 3 – Eles aprendem e se movem em direção ao que amam; 4 – Eles têm o hábito de se adaptar a novos ambientes; 5 – Neste processo, eles se desenvolvem internamente e conversam consigo mesmos para descobrir como se tornar ainda mais ousados”, elenca o empreendedor.
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