6 empreendedores que faturam com negócios gourmets
Veja seis modelos de empresas que se deram bem na área gastronômica
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Da Redação
Publicado em 19 de março de 2012 às 08h54.
Última atualização em 27 de setembro de 2017 às 18h39.
São Paulo - Quem passa pelo número 136 da Rua Oscar Freire, em São Paulo, se surpreende com o movimento. O entra e sai de gente na sorveteria Bacio di Latte é surpreendente para um negócio com um ano de vida. No comando da empresa, estão o italiano Edoardo Tonolli e o escocês Nick Johnston. Com a crise que assombra a Europa – além de gastos públicos descontrolados, a Itália tem uma relação dívida/PIB de mais de 120% -, Tonolli resolveu que o melhor seria aportar no Brasil. Johnston também logo se animou com a ideia de virar empreendedor por aqui. Segundo eles, cada loja deve ter uma produção própria para garantir a textura e o sabor dos sorvetes. Para os próximos dois meses, a marca vai inaugurar duas lojas, uma em Moema e a outra no shopping JK Iguatemi, ambas na capital paulista. Os 35 sabores disponíveis são produzidos todos os dias para atender a demanda – aparentemente incessante – de consumidores. Com preço médio de 10 reais, os clientes podem provar até três sabores por potinho.
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Um café especializado em pães, em um local agradável, com áreas ao ar livre, onde se pode chegar, sentar, ouvir uma música e degustar. Esse era o conceito buscado pela chef de cozinha Julice Vaz ao abrir sua boulangèrie em fevereiro do ano passado, em Pinheiros, na capital paulista. Logo nos seis primeiros meses, a loja que leva o nome da chef alcançou a meta estipulada para o primeiro ano de funcionamento. Ao contrário da maioria das padarias, a Julice Boulangère só abre as portas às 8h30 da manhã. Para Julice, a receita de sucesso está exclusividade de seus produtos. A intensa dedicação ao negócio é, para a chef, ingrediente especial no avanço da empresa. Os 48 tipos de pães oferecidos na Julice variam do simples ao gourmet como o pain au chocolat ou o pão de figo seco com provolone. Pode-se, por exemplo, comprar um pão bolinha por 80 centavos ou desembolsar 32,40 reais em um sanduíche com hambúrguer de javali.
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Em uma rua tranquila da Vila Nova Conceição, um dos bairros de maior poder aquisitivo de São Paulo, fica a Chocolat des Arts. A empresa de Cíntia Sanches Lima, que atende pessoalmente aos clientes, comercializa bombons artesanais. O negócio surgiu depois que Cíntia largou o cargo de executiva de marketing de uma grande empresa para “se encontrar” em um período sabático, como a escritora americana Elizabeth Gilbert, do best-seller que virou filme "Comer, Rezar, Amar". Cíntia deixou o filho de sete anos no Brasil e foi aprender meditação no Nepal. Na volta ao Brasil, mais “calma e doce”, ainda não tinha idéia do que faria da vida até assistir ao filme "Chocolate", com Juliette Binoche e Johnny Depp. Depois de estudar o mercado nacional, a empresária decidiu abrir uma loja de bairro, perto de sua casa, destinada a público A. A empresária investiu 500 mil reais, no final de 2008. Desde a abertura, a produção mensal triplicou e chegou a 15 mil bombons.
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Em Itacaré, na Bahia, Diego Badaró comanda, junto com o chocolateiro americano Frederick Schilling, a Amma Chocolates. A empresa produz um chocolate diferenciado e orgânico, chamado de premium ou gourmet. A fazenda surgiu também para revitalizar a região cacaueira baiana, que foi quase toda destruída com uma praga, na década de 80. O chocolate premium - aquele em que o cacau prevalece sobre a gordura e outros compostos artificais - ainda representa uma parcela ínfima do mercado de cacau brasileiro, mas é bastante explorado fora do país. Segundo Badaró, um dos principais farores para o crescimento da empresa foi a parceria com o chocolateiro francês François Pralus. Hoje, a empresa produz 60 toneladas de chocolate ao ano. A previsão para 2012 é uma produção de 200 toneladas.
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Celia Miranda Mattos e Gustavo Dalla Colletta fizeram as malas e se mudaram para Paris, em 2005. No ano seguinte, compraram um apartamento e aproveitaram a formação de chef de Celia para fazer uma cozinha especial. Foi então que surgiu o Chez Nous Chez Vous, um restaurante na casa dos donos. Com o boca a boca – principal divulgação do local – os frequentadores aparecem aos poucos. Sem dias ou horários fixos, é preciso reservar a única mesa com uma semana de antecedência. Os clientes pagam até 120 euros por um jantar degustação de sete etapas. O Chez Nous Chez Vous recebe de 2 a 10 pessoas por noite. Celia ressalta que o local funciona sob demanda. Com um faturamento de mais de 100 mil euros ao ano, o casal aposta em um menu surpresa.
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A empresária Paula Kenan e a chef Marcella Lage viram nos cupcakes uma oportunidade de negócio no país e criaram a Wondercakes. Famosos nos Estados Unidos, os "bolos de xícara"- o nome vem do século XIX, quando o forno não dava conta de assar bolos grandes e o jeito era usar latas ou xícaras - são minibolos de massa leve decorados com confeitos ou pasta americana. Antes da abertura da delicada lojinha na Rua Augusta, em São Paulo, Paula e Marcella passaram um ano estudando as possibilidades do negócio e testando receitas para o cupcake. A estratégia da empresa para fidelizar os clientes é inventar novos sabores sazonalmente. Com preço fixo, os sabores de bolinhos são renovados com frequência. A fábrica de 200 m² no Brooklin produz 15 mil unidades por mês para a loja principal. A dupla espera mais que duplicar a produção e chegar a 40 mil bolinhos por mês para atender à demanda das unidades.