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50 Startups: InfoPreta cresce com inclusão digital de jovens negros no mercado de TI

O caso do paulistano Akin Abaz, de 26 anos, é típico do empreendedor que faz de uma dor pessoal uma oportunidade de negócios

O caso do paulistano Akin Abaz, de 26 anos, é típico do empreendedor que faz de uma dor pessoal uma oportunidade de negócios (Germano Lüders/Exame)
LB

Leo Branco

Publicado em 1 de março de 2021 às 10h45.

Última atualização em 1 de março de 2021 às 11h39.

Esta reportagem faz parte da série "50 startups que mudam o Brasil", publicada na EXAME. Conheça as demais empresas selecionadas.

O caso do paulistano Akin Abaz, de 26 anos, é típico do empreendedor que faz de uma dor pessoal uma oportunidade de negócios. Morador da periferia da Grande São Paulo, Abaz saiu da escola com poucos conhecimentos em informática , uma habilidade pedida por dez em dez empregadores.

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Ao mesmo tempo, ele via a proliferação de tecnologias como tablets e smartphones chegar de um jeito bem enviesado entre amigos e familiares. “Pouca gente tinha acesso a esses aparelhos. E, quem tinha, mal sabia usá-los”, diz Abaz. Daí surgiu a ideia da InfoPreta, um negócio de impacto social dedicado a democratizar, de fato, o acesso à tecnologia em comunidades carentes.

Um dos negócios de Abaz é pleitear a doação de computadores perto do fim da vida útil de grandes empresas, como o aplicativo de mobilidade Uber, para treinamento em informática de grupos pouco representados no mercado de tecnologia, a exemplo de negros e mulheres .

Em paralelo, a mão de obra formada nos cursos da InfoPreta prestam serviço de manutenção de equipamentos de informática – e, assim, geram receitas para o negócio e movimentam a economia de comunidades carentes. Entre os clientes estão o Sesc de São Paulo.

O avanço da agenda ESG deve estimular a discussão sobre diversidade em áreas ainda com presença incipiente de minorias, como é o caso da tecnologia – abrindo, assim, espaço para negócios como a Infopreta.

Criada em 2012 na própria casa de Abaz, em Osasco, na Grande São Paulo, o negócio hoje emprega 30 pessoas e ocupa três andares de um prédio comercial na zona oeste da capital paulista.

O período coincidiu com uma transição importante na vida de Abaz, que viveu até recentemente como mulher e hoje é um homem trans. “Senti na pele as barreiras para a inserção no mundo da tecnologia e estou aqui para quebrá-las”, diz.

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