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Web Summit Rio: por que a tecnologia do ChatGPT vai abrir nova era de prosperidade para startups

Inteligência artificial generativa pode ser uma das peças fundamentais para o setor superar a crise atual, dizem líderes de fundos de venture capital presentes ao evento de empreendedorismo no Rio de Janeiro

Palco do Web Summit Rio: inteligência artificial na pauta (Web Summit/Divulgação)

Palco do Web Summit Rio: inteligência artificial na pauta (Web Summit/Divulgação)

Leo Branco
Leo Branco

Editor de Negócios e Carreira

Publicado em 2 de maio de 2023 às 15h43.

Última atualização em 2 de maio de 2023 às 17h19.

A inteligência artificial (IA) generativa, tecnologia por trás do sucesso do ChatGPT, pode também abrir uma nova fase de prosperidade para startups  e ser uma das peças fundamentais para o setor superar a crise atual.

Essa é a conclusão de alguns dos principais nomes que subiram ao palco nesta terça-feira, 2, no Web Summit Rio, primeira edição na América Latina de um dos principais eventos de inovação no mundo.

O que uma coisa tem a ver com a outra

O link entre IA e uma fase mais próspera entre empreendedores foi apontado logo cedo por Gabriel Vasquez, um dos partners do fundo de venture capital americano Andreessen Horowitz focados em investimentos na América Latina.

Entre os nomes no portfólio da Andreessen Horowitz por aqui:

  • Rappi
  • Loft
  • Bitso
  • Latitud

"A inteligência artificial generativa vai trazer ganhos de eficiência para startups", disse ele, referindo-se ao fato de a tecnologia por trás de robôs virtuais como ChatGPT automatizar tarefas que costumam demandar tempo e energia escassos num negócio incipiente — por exemplo, a análise de dados de clientes antes de uma proposta comercial.

"A IA vai dar uma nova oportunidade para os negócios serem enxutos", disse Vasquez, um defensor do potencial da América Latina como destino do venture capital.

Vasquez lembrou que o recurso à disposição para investimento em startups da América Latina soma 1,5% do PIB da região. Na China, a fatia chega a 30%.

"Se tivéssemos o mesmo volume da China, teríamos algo como US$ 1 trilhão a mais", diz.

Onde estão os ganhos

Renata Quintini e Eric Acher, cofundadores do fundo paulistano Monashees, foram na mesma linha.

Os dois estiveram num painel sobre Investing in LatAm que também contou com a presença de Edith Yeung, investidora nascida em Hong Kong e fundadora do fundo Race Capital, do Vale do Silício.

"Há muitos processos pouco eficientes dentro de uma startup", disse Renata. "A inteligência artificial pode mudar isso rapidamente ao analisar quantidades enormes de dados e trazer respostas em pouco tempo."

Para Yeung, a inteligência artificial será aliada na expansão global de negócios que, até recentemente, tinham muita dificuldade de transpor barreiras da língua na hora de acessar clientes em outros países.

Para onde vai a tecnologia

"Com uma plataforma de IA como ChatGPT alguém sentado aqui no Rio pode traduzir propostas comerciais para várias línguas e conversar com clientes do mundo todo", disse ela.

Acher, da Monashees, coloca o impacto da inteligência artificial como o início de um novo ciclo de tecnologia.

"Houve o ciclo dos negócios ao redor de semicondutores, depois de PCs, smartphones e, agora, da inteligência artificial", disse ele.

"É ainda cedo para prever como essa tecnologia vai evoluir, mas certamente é o início de uma nova era."

*EXAME é parceira de mídia do Web Summit Rio

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