Walter Torre, dono da construtora do estádio do Palmeiras, morre aos 64
Entre as grandes obras da construtora WTorre está também a construção do shopping paulistano de luxo JK Iguatemi
Denyse Godoy
Publicado em 11 de dezembro de 2020 às 18h52.
Última atualização em 11 de dezembro de 2020 às 20h39.
Walter Torre Júnior, fundador da construtora WTorre , morreu nesta sexta-feira (11) aos 64 anos de parada cardiorrespiratória. Entre as grandes obras realizadas pela WTorre estão a do estádio do clube Palmeiras , o Allianz Parque, inaugurado em 2014 na zona oeste de São Paulo, e a do shoping de luxo JK Iguatemi.
O empresário deixa a mulher, Silvia, e os filhos Paulo, Marina e Giuliana, "além de uma equipe de executivos e colaboradores apaixonados que seguramente honrarão seu legado pautado na inovação, ética e profissionalismo, principais alicerces da WTorre", disse a construtora em comunicado à imprensa.
Segundo o comentarista esportivo Milton Neves escreveu em suas redes sociais, Torre estava em tratamento para um câncer e foi infectado pelo novo coronavírus, que voltou a se espalhar com força no país.
"É com profundo pesar que informamos o falecimento de Walter Torre, o homem que foi decisivo na viabilização da arena que se tornou um marco da cidade de São Paulo, o Allianz Parque. A Família Palmeiras se solidariza aos familiares e amigos neste momento de dor e consternação", disse o clube em nota à imprensa.
Recém-formado em engenharia civil, Torre começou a carreira construindo casas de veraneio no litoral paulista na década de 1980. Depois, passou a erguer galpões logísticos à beira da rodovia Presidente Castello Branco, que liga São Paulo ao interior. Contratado por grandes empresas, criou o modelo de construção sob medida para as necessidades dos clientes interessados em alugar o galpão, conhecido como "built to suit".
Além da construtora, o grupo chegou a ter também negócios no setor de petróleo e gás, incorporação de imóveis comerciais e imóveis populares.
Famoso por acompanhar todas as obras da WTorre de perto, por ser um hábil negociador e ter obsessão pelo cumprimento de prazos, o engenheiro gostava de assumir altos riscos. Depois de ser citada na Operação Lava-Jato em 2016, a construtora, com dívida de 1,5 bilhão de reais com bancos, passou por uma reestruturação em 2017.