Votorantim tem lucro menor no 3º tri, impactado por câmbio
Segundo o grupo, a queda acentuada no lucro líquido foi ocasionado pela desvalorização cambial do real, pressionando os custos da empresa com dívidas
Reuters
Publicado em 9 de novembro de 2018 às 18h51.
São Paulo - O grupo Votorantim divulgou nesta sexta-feira uma acentuada queda no lucro líquido do terceiro trimestre em relação a um ano antes, resultado pressionado pela desvalorização do real.
O lucro líquido somou 112 milhões de reais no período, queda de 78,4 por cento na comparação anual. Em comunicado, a Votorantim afirmou que a desvalorização cambial pressionou os custos da empresa com dívida, o que ofuscou as receitas maiores.
Após vender participação na fabricante de celulose Fibriapara a Suzano em março, a Votorantim deixou de consolidar a Fibria em seus resultados. A medida reduziu o lucro da Votorantim, afirmou o grupo.
Preços maiores de cimento, zinco e alumínio ajudaram o grupo a ter alta de 22 por cento na receita trimestral sobre um ano antes, para 9 bilhões de reais.
O lucro antes de juros, impostos, depreciação, dividendos e efeitos não recorrentes (Ebitda ajustado) subiu 30 por cento no período, para 1,7 bilhão de reais.
A Votorantim fechou setembro com relação dívida líquida sobre Ebitda de 2,59 vezes, pouco abaixo do índice de 2,69 vezes do trimestre anterior.
O vice-presidente financeiro, Sergio Malacrida, afirmou que a Votorantim deve encerrar 2018 com alavancagem de cerca de 2 vezes, excluindo os efeitos do recebimento de recursos relacionados à venda da Fibria.
Malacrida afirmou que o grupo vai provavelmente manter o investimento ao redor do nível de 2018, de 2,6 bilhões de reais.
A Nexa Resources, unidade da Votorantim, aprovou recentemente um aumento de capital de 392 milhões de dólares de um projeto de mineração de zinco no Mato Grosso.