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Via, dona da Casas Bahia e do Ponto, compra empresa de logística CNT

Empresa não revelou os valores da aquisição, mas disse que o pagamento será composto de uma parcela fixa e uma variável

Via: em 2020, a receita com prestação de serviços da CNT foi de R$ 8,7 milhões, o que dá uma dimensão do valor a ser desembolado pela Via (Germano Lüders/Exame)

Via: em 2020, a receita com prestação de serviços da CNT foi de R$ 8,7 milhões, o que dá uma dimensão do valor a ser desembolado pela Via (Germano Lüders/Exame)

AO

Agência O Globo

Publicado em 12 de janeiro de 2022 às 15h46.

Última atualização em 12 de janeiro de 2022 às 16h09.

A Via (ex-Via Varejo), dona das marcas Ponto Frio, Casas Bahia e Extra.com, anunciou nesta quarta-feira a compra da empresa de logística CNT, considerada uma logtech. A companhia não revela o valor da aquisição, mas afirma que o pagamento será feito com o próprio caixa, sem financiamento.

A operação é pequena do ponto de vista financeiro, mas é estratégica para a Via porque a CNT é uma empresa estabelecida no ramo de fulfillment, como é chamada a terceirização da logística de comércio eletrônico, e de fullcommerce, a terceirização de todo o serviço, incluindo planejamento e organização da operação de comércio eletrônico. Fundada em 2010, a empresa já faz o serviço de e-commerce de grandes clientes como a marca de cosméticos Avon, a fabricante de pneus Good Year e o gigante do ramo de alimentos Kraft Heinz.

Com a compra da CNT, a Via passa a oferecer aos 108 mil vendedores cadastrados em suas plataformas a possibilidade de gestão e armazenagem de estoques, distribuição e entrega. A companhia estava atrasada nesse segmento: soluções semelhantes já são ofereceidas por concorrentes da companhia como Mercado Livre e Americanas.

Em 2020, a receita com prestação de serviços da CNT foi de R$ 8,7 milhões, o que dá uma dimensão do valor a ser desembolado pela Via. Pelos termos do acordo, a compra prevê o pagamento, pela Via, de uma parcela fixa aos atuais sócios da empresa logística, André Botelho de Carvalho e Vinícius Maranhão. O valor corresponde a um quinto do volume bruto de vendas, o chamado GMV (do inglês Gross Merchandise Volume), referente a 2021, e será pago em até quatro anos.

Foco no comércio eletrônico

A transação traz diluição de custos logísticos e contribui, entre outros fatores, para elevação do valor do cliente ao longo do tempo e redução do custo de aquisição dos novos clientes, segundo a Via.

A empresa estima que a aquisição leve a reduções de 15% na diluição de custos fixos de armazenagem e de 26% na diluição de custos variáveis de última milha, ambos até 2024, segundo apresentação ao mercado divulgada nesta manhã.

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