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Vanguarda Agro pretende adquirir 100 mil ha em 2014

Segundo presidente da companhia, operação deve envolver investimentos totais de 500 milhões a 600 milhões de reais

Operários trabalham na colheita de cana-de-açucar: recursos poderão vir com um aumento de capital ou com a criação de uma empresa específica (Rodolfo Buhrer/La Imagem/Reuters)
DR

Da Redação

Publicado em 25 de novembro de 2013 às 17h58.

São Paulo - A Vanguarda Agro , uma das maiores produtoras agrícolas do Brasil, pretende adquirir em 2014 áreas para aumentar seu plantio em até 100 mil hectares, em uma operação que deve envolver investimentos totais de 500 milhões a 600 milhões de reais com injeção de capital estrangeiro, disse nesta segunda-feira o presidente da empresa.

Os recursos poderão vir com um aumento de capital ou com a criação de uma empresa específica, da qual os investidores seriam sócios.

Esses 100 mil hectares de área útil se somariam aos 205 mil hectares que já fazem parte hoje do portfólio da empresa, incluindo áreas arrendadas e próprias.

Como em muitas regiões do país é possível fazer duas safras por ano, esses cerca de 300 mil hectares "estáticos" poderiam render o plantio de 500 mil hectares em um único ano safra. Com a preparação gradual das novas terras, essa meta de plantio seria alcançada em cinco anos.

"Se pegar (comprar) pastagem, já planta uma parte em 2014/15, que é o que deverá ocorrer. Temos evitado olhar terras em que precisa fazer desmatamento. A pastagem elimina esses problemas e a garantia de documentação é melhor", disse o presidente da Vanguarda, Arlindo Moura, durante um evento com analistas e jornalistas, em São Paulo.

A projeção de 500 mil hectares plantados por ano safra, compara-se aos 290 mil hectares totais estimados para o atual período 2013/14.

As novas áreas sendo avaliadas estão em Maranhão, Bahia, Piauí e Mato Grosso, regiões com viabilidade logística para exportação por meio dos portos do norte do país, incluindo a rota da BR 163 no Pará e os terminais fluviais de Miritituba e Santarém.

Capital Estrangeiro

Os investimentos da ordem de 500 milhões a 600 milhões de reais em novas áreas deverão ser feitos com aporte de capital estrangeiro, possivelmente de empresas asiáticas, disse Arlindo Moura.


Os recursos incluem compra de terras, maquinário e preparação do solo, entre outros itens.

"Essa discussão, se será por aumento de capital ou uma empresa de terras, será na negociação com os investidores... Já estamos em conversações com algumas empresas muito grandes. Todas elas são estrangeiras. Nenhuma é trading", disse o CEO da Vanguarda.

Caso não seja viável o aumento de capital, Moura projeta que será criada uma chamada "LandCo" para gerir as terras, na qual a Vanguarda seria sócia majoritária, entrando com áreas que já são de sua propriedade. O dinheiro dos investidores serviria para a compra das novas terras dessa subsidiária.

O anúncio da Vanguarda vem após a empresa relatar no início do mês prejuízo de 66,5 milhões de reais no terceiro trimestre, contra perdas de 17,1 milhões no mesmo período do ano passado.

A empresa atribuiu o resultado negativo à queda nas cotações do milho entre julho e setembro, entre outros fatores.

A empresa teve Ebitda (indicador do desempenho operacional) negativo de 45,6 milhões no período, contra resultado positivo de 4,8 milhões de reais um ano antes.

Plantio

Na safra 2013/14, a Vanguarda estima plantio de 182,3 mil hectares de soja, 38,5 mil de algodão, 42,1 com milho, 14,7 mil com sorgo e 12,3 mil hectares com girassol.

A área total de 290 mil hectares representa uma redução de 6 por cento ante 2012/13, já que áreas arrendadas de baixa produtividade foram devolvidas.

A empresa concluiu no início de novembro todo o plantio de soja, quase um mês antes do cronograma que costumava seguir. Aproveitando uma melhor janela de clima, espera elevar em cerca de 18 por cento sua produtividade média.

Atualizado às 18h12min de 25/11/2013, para esclarecer que a empresa quer comprar 100 mil hectares em 2014, e às 18h58min do mesmo dia, para adicionar mais informações.

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Os recursos poderão vir com um aumento de capital ou com a criação de uma empresa específica, da qual os investidores seriam sócios.

Esses 100 mil hectares de área útil se somariam aos 205 mil hectares que já fazem parte hoje do portfólio da empresa, incluindo áreas arrendadas e próprias.

Como em muitas regiões do país é possível fazer duas safras por ano, esses cerca de 300 mil hectares "estáticos" poderiam render o plantio de 500 mil hectares em um único ano safra. Com a preparação gradual das novas terras, essa meta de plantio seria alcançada em cinco anos.

"Se pegar (comprar) pastagem, já planta uma parte em 2014/15, que é o que deverá ocorrer. Temos evitado olhar terras em que precisa fazer desmatamento. A pastagem elimina esses problemas e a garantia de documentação é melhor", disse o presidente da Vanguarda, Arlindo Moura, durante um evento com analistas e jornalistas, em São Paulo.

A projeção de 500 mil hectares plantados por ano safra, compara-se aos 290 mil hectares totais estimados para o atual período 2013/14.

As novas áreas sendo avaliadas estão em Maranhão, Bahia, Piauí e Mato Grosso, regiões com viabilidade logística para exportação por meio dos portos do norte do país, incluindo a rota da BR 163 no Pará e os terminais fluviais de Miritituba e Santarém.

Capital Estrangeiro

Os investimentos da ordem de 500 milhões a 600 milhões de reais em novas áreas deverão ser feitos com aporte de capital estrangeiro, possivelmente de empresas asiáticas, disse Arlindo Moura.


Os recursos incluem compra de terras, maquinário e preparação do solo, entre outros itens.

"Essa discussão, se será por aumento de capital ou uma empresa de terras, será na negociação com os investidores... Já estamos em conversações com algumas empresas muito grandes. Todas elas são estrangeiras. Nenhuma é trading", disse o CEO da Vanguarda.

Caso não seja viável o aumento de capital, Moura projeta que será criada uma chamada "LandCo" para gerir as terras, na qual a Vanguarda seria sócia majoritária, entrando com áreas que já são de sua propriedade. O dinheiro dos investidores serviria para a compra das novas terras dessa subsidiária.

O anúncio da Vanguarda vem após a empresa relatar no início do mês prejuízo de 66,5 milhões de reais no terceiro trimestre, contra perdas de 17,1 milhões no mesmo período do ano passado.

A empresa atribuiu o resultado negativo à queda nas cotações do milho entre julho e setembro, entre outros fatores.

A empresa teve Ebitda (indicador do desempenho operacional) negativo de 45,6 milhões no período, contra resultado positivo de 4,8 milhões de reais um ano antes.

Plantio

Na safra 2013/14, a Vanguarda estima plantio de 182,3 mil hectares de soja, 38,5 mil de algodão, 42,1 com milho, 14,7 mil com sorgo e 12,3 mil hectares com girassol.

A área total de 290 mil hectares representa uma redução de 6 por cento ante 2012/13, já que áreas arrendadas de baixa produtividade foram devolvidas.

A empresa concluiu no início de novembro todo o plantio de soja, quase um mês antes do cronograma que costumava seguir. Aproveitando uma melhor janela de clima, espera elevar em cerca de 18 por cento sua produtividade média.

Atualizado às 18h12min de 25/11/2013, para esclarecer que a empresa quer comprar 100 mil hectares em 2014, e às 18h58min do mesmo dia, para adicionar mais informações.

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