Uma ação coletiva foi protocolada na quinta-feira no tribunal federal de São Francisco (AFP/AFP Photo)
Bloomberg
Publicado em 4 de novembro de 2022 às 18h45.
Última atualização em 4 de novembro de 2022 às 18h59.
O Twitter foi processado pelo plano de Elon Musk de eliminar cerca de 3,7 mil empregos da plataforma de mídia social. Trabalhadores alegam que a empresa não cumpriu os requisitos de aviso prévio, violando leis federais e da Califórnia.
Uma ação coletiva foi protocolada na quinta-feira no tribunal federal de São Francisco.
O Twitter pretende começar os cortes na sexta-feira, disse a empresa em um e-mail aos funcionários. Musk planeja se livrar de metade da força de trabalho, cumprindo planos de cortar custos na plataforma que adquiriu por US$ 44 bilhões no mês passado, disseram pessoas com conhecimento do assunto.
Uma lei federal restringe grandes empresas de realizarem demissões em massa sem aviso prévio de pelo menos 60 dias.
O Twitter não respondeu imediatamente a um pedido de comentário.
O processo pede que o tribunal emita uma ordem exigindo que o Twitter obedeça à regra de aviso prévio e impeça a empresa de solicitar que funcionários assinem documentos em que poderiam abrir mão do direito de participar de litígio judicial.
“Entramos com esta ação hoje à noite na tentativa de garantir que os funcionários estejam cientes de que não devem abrir mão de seus direitos e que têm um caminho para perseguir seus direitos”, disse Shannon Liss-Riordan, advogada que apresentou a queixa quinta-feira, em entrevista.
Liss-Riordan processou a Tesla por reivindicações semelhantes em junho, quando a fabricante de carros elétricos liderada por Musk demitiu cerca de 10% de sua força de trabalho.
A Tesla ganhou uma decisão de um juiz federal em Austin forçando os trabalhadores nesse caso a buscar suas reivindicações em arbitragem a portas fechadas, em vez de em tribunal aberto.
Musk descreveu o processo da Tesla como “trivial” durante uma discussão com o editor-chefe da Bloomberg, John Micklethwait, no Fórum Econômico do Catar em junho.
“Agora veremos se ele continuará a desprezar as leis deste país que protegem os funcionários”, disse Liss-Riordan sobre Musk. “Parece que ele está repetindo a mesma cartilha do que fez na Tesla.”
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