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Taurus vai vender 12 mil fuzis para o Exército das Filipinas

No Brasil, companhia criticou recentemente decisão do governo Bolsonaro, de  zerar imposto para importação de armas e pode rever investimentos

Salesio Nuhs, da Taurus: ele é também o presidente da Associação Nacional da Indústria de Armas (Ricardo Jaeger/Exame)

Salesio Nuhs, da Taurus: ele é também o presidente da Associação Nacional da Indústria de Armas (Ricardo Jaeger/Exame)

Mariana Desidério

Mariana Desidério

Publicado em 30 de dezembro de 2020 às 11h14.

Última atualização em 30 de dezembro de 2020 às 11h16.

A fabricante de armas Taurus venceu uma licitação promovida pelo Exército das Filipinas e vai fornecer 12.412 fuzis automáticos ao país. A entrega dos equipamentos está prevista para o primeiro semestre de 2021. Os fuzis fornecidos são de calibre 5.56, modelo T4.

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O resultado da licitação era bastante aguardado pela companhia, que tem divulgado cada etapa do processo. No início de dezembro, a Taurus divulgou que seu fuzil havia sido aprovado em testes qualificatórios de resistência realizados pelo Exército das Filipinas. A companhia brasileira já havia fornecido mais de 20 mil pistolas para as forças policiais do país asiático.

De acordo com a empresa, a venda dos fuzis, assim como a joint venture com a empresa indiana Jindal Group, criam um cenário promissor para a companhia no continente asiático. “A escolha do fuzil T4 da Taurus pelo Exército Filipino, nos orgulha muito, pois trata-se da definição do armamento para as Forças Armadas de um país de grande relevância no cenário mundial”, disse o presidente da Taurus, Salesio Nuhs, em comunicado à imprensa.

 

 

No Brasil, a Taurus criticou recentemente a decisão do governo de Jair Bolsonaro, de  zerar a alíquota de importação de pistolas e revólveres a partir de janeiro de 2021. A decisão veio alguns dias após a companhia divulgar a intenção de ampliar sua fábrica em São Leopoldo (RS).

Com a decisão do governo, a companhia afirmou que irá redirecionar o investimento para Estados Unidos e Índia. Parte significativa da produção da Taurus hoje já ocorre em sua fábrica nos Estados Unidos.

A decisão do governo federal foi posteriormente suspensa pelo ministro Edson Fachin, do Supremo Tribunal Federal. Com a decisão de Fachin, a alíquota segue no atual valor, de 20%.

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