São Paulo – Em maio, a Petronas, petrolífera estatal da Malásia, concordou em comprar 40% de  participação em dois blocos de exploração da OGX, de Eike Batista. A operação foi negociada por 850 milhões de dólares, mas, para ser concluída, precisa de mais clareza por parte da companhia brasileira sobre a reestruturação de sua dívida.

Shamsul Azhar Abbas, presidente da Petronas, afirmou ontem à imprensa  que o negócio está pendente por conta de mais transparência de reestruturação. “A OGX não cumpriu a condição suspensiva. A reestruturação precisa acontecer primeiro”, afirmou o executivo a jornalistas em uma coletiva sobre os resultados financeiros do segundo trimestre.

Abbas também deixou claro que a Petronas não tem nenhum envolvimento com a reestruturação da dívida da petrolífera brasileira.

Além da compra da  participação de 40% nos blocos BM-C-39 e BM-C-40, a Petronas tem ainda uma opção de compra  de 5% do capital total da OGX a um preço de 6,30 reais por ação de Eike Batista, o que pode ocorrer até abril de 2015.

No segundo trimestre, a Petronas viu seu lucro cair 3,6%, mas culpou a OGX pela queda. Segundo a companhia, o preço do petróleo mais baixo limitou o aumento de produção. A receita da companhia cresceu 5,2% no período.

Já a OGX registrou um prejuízo de 4,7 bilhões de reais no segundo trimestre, crescimento de mais de 1000% na comparação com o mesmo período de 2012.