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Petrobras não deve atuar 100% na cadeia, diz diretora

Diretora da estatal disse que a empresa não deve atuar "100% em todos os segmentos" da cadeia


	Petrobras: "no curto prazo, estamos todos aglutinados buscando a desalavancagem da companhia", diz diretora
 (Ueslei Marcelino/Reuters)

Petrobras: "no curto prazo, estamos todos aglutinados buscando a desalavancagem da companhia", diz diretora (Ueslei Marcelino/Reuters)

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Da Redação

Publicado em 5 de julho de 2016 às 19h12.

Rio - A Petrobras está "fazendo o dever de casa" para reestruturar custos e rever sua participação nos segmentos da cadeia de óleo e gás no País.

Em discurso na Federação das Indústrias do Rio de Janeiro (Firjan), a diretora da estatal, Solange Guedes, afirmou nesta terça-feira, 5, que a companhia busca reduzir a alavancagem olhando "com inteligência" as oportunidades de "curto prazo". Solange afirmou ainda que a empresa não deve atuar "100% em todos os segmentos" da cadeia.

"No curto prazo, estamos todos aglutinados buscando a desalavancagem da companhia. Se olharmos com inteligência as oportunidades que se apresentam, como oportunidades de mudança estrutural do setor de óleo e gás, elas podem unir o útil ao agradável no sentido de fazer uma visão competitiva para nossa estratégia de desalavancagem", afirmou Solange.

A diretora não deu detalhes das oportunidades em análise, mas a estratégia de redução de endividamento da companhia está fundada na venda de ativos em diferentes segmentos. Ontem, a estatal anunciou a venda de campos maduros em águas rasas. A empresa também negocia a venda de participação da BR Distribuidora. A diretora se disse com uma visão "positiva" das oportunidades.

"A Petrobras nunca perderá sua visão de uma empresa integrada. Ela fará seus movimentos estratégicos sem nunca perder essa visão que a fortalece. Mas manter e fortalecer sua visão integrada não significa estar 100% em todos os segmentos e em todas as frentes", reforçou a diretora.

Segundo Solange, os atuais patamares de preços de petróleo "vieram para ficar" e o momento "desafiador" impõe uma resposta com "atenção e diligência" por parte dos executivos das petroleiras. Segundo ela, a estatal "está fazendo seu dever de casa".

"Os preços de petróleo vieram para ficar e estamos todos diante de uma inevitável reengenharia de custos e de uma inovação de processos", completou Solange.

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