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Órgão regulador do Japão apresenta denúncia contra Ghosn e Nissan

Ghosn já foi acusado pela promotoria japonesa por irregularidades na declaração de seu salário e a gestão de seus bens enquanto estava na Nissan

Ghosn: o ex-presidente da Nissan Motor está detido desde 19 de novembro (Regis Duvignau/Reuters)

Ghosn: o ex-presidente da Nissan Motor está detido desde 19 de novembro (Regis Duvignau/Reuters)

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EFE

Publicado em 10 de janeiro de 2019 às 09h40.

Última atualização em 10 de janeiro de 2019 às 09h46.

Tóquio - Um órgão regulador financeiro do Japão apresentou nesta quinta-feira uma denúncia contra o ex-presidente da Nissan Motor Carlos Ghosn e contra a fabricante de automóveis japonesa por fraudes financeiras.

A denúncia da Comissão de Vigilância de Valores e Mercados se soma às acusações apresentadas pela promotoria japonesa contra o ex-dirigente por vários fatos vinculados com a declaração de seu salário e com a gestão de seus bens enquanto estava à frente da Nissan.

O órgão acusa Ghosn e Nissan de violarem a lei de instrumentos financeiros por não ter declarado a totalidade do pacote de remunerações ao diretor dentro do relatório financeiro apresentado a esta instituição, segundo informou em comunicado a Comissão de Vigilância de Valores e Mercados.

A infração corresponde à remuneração do empresário entre março de 2015 e de 2018, segundo o órgão regulador, que também processou Greg Kelly, outro ex-diretor da Nissan que, da mesma forma que Ghosn, é acusado de definir uma série de medidas para ocultar rendas milionárias do ex-presidente.

Ghosn está detido desde 19 de novembro. A expectativa é que na sexta-feira um tribunal de Tóquio decida sobre a sua acusação por crimes similares, a partir das acusações apresentadas pela promotoria.

O empresário é acusado de não declarar valores milionários que supostamente receberia quando saísse da Nissan e por realizar pagamentos injustificados a outras pessoas.

Além disso, segundo a promotoria, Ghosn utilizou a Nissan para cobrir uma série de perdas financeiras pessoais durante a crise de 2008, mas os advogados argumentam que essas operações foram aprovadas pela diretoria.

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