Negócios

Novo CEO do Starbucks quer que líderes trabalhem nas lojas — assim como ele fez

Trabalhar nas lojas em vez de apenas visitá-las é crucial para administrar um negócio físico, diz especialista

Loja do Starbucks: a experiência compensa o café mais caro para o usuário (GERMANO LÜDERS/Exame)

Loja do Starbucks: a experiência compensa o café mais caro para o usuário (GERMANO LÜDERS/Exame)

Isabela Rovaroto
Isabela Rovaroto

Repórter de Negócios

Publicado em 11 de abril de 2023 às 07h25.

Última atualização em 11 de abril de 2023 às 17h18.

Quando o executivo Laxman Narasimhan assumiu o cargo de próximo CEO da Starbucks há sete meses, ele mergulhou na empresa: visitou fábricas e recebeu treinamento de barista em suas lojas.

Trabalhar nas lojas da rede deve ser uma nova função na rotina dos líderes agora que Narasimhan foi oficialmente empossado no comando da Starbucks.

"Para nos manter próximos da cultura e de nossos clientes, bem como de nossos desafios e oportunidades, pretendo continuar trabalhando nas lojas meio dia por mês".

"E eu esperamos que cada membro da equipe de liderança também garanta que nossos centros de suporte permaneçam conectados e engajados nas realidades de nossas lojas para discussão e melhoria", escreveu ele em uma carta à equipe da Starbucks no mês passado.

Laxman Narasimhan, CEO da Starbucks (Mat Hayward)

Narasimhan ingressou na Starbucks depois de uma passagem pela PepsiCo e dois anos liderando a fabricante de produtos de limpeza Lysol Reckittantes. A ideia de trabalhar nas lojas em vez de apenas visitá-las é considerada pelo especialista consultado pelo Business Insider como crucial para administrar um negócio físico.

Entretanto, a medida caiu no esquecimento nas últimas décadas, quando as redes de lojas de departamento restringem os programas de treinamento de liderança que instalaram futuros executivos no nível da loja e menos comerciantes se sentam no comando de varejistas de renome.

Os líderes não estão tão conectados aos funcionários que vendem seus produtos e aos clientes que os consomem, disse Lee Peterson, comerciante de longa data e vice-presidente executivo de consultoria de varejo da WD Partners.

"As pessoas no escritório não têm noção. Estão olhando os papéis do que é vendido, mas o que realmente importa é o que as pessoas dizem, o que as pessoas pensam e o que as pessoas sentem", disse ele.

Outros CEOs fazem isso?

Conheça alguns CEOs do varejo que já trabalharam nas lojas:

  • Rogerio Barreira, presidente da Divisão Brasil da Arcos Dorados, assumiu a presidência em junho do ano passado e começou a trabalhar como atendente no McDonald's em 1984.
  • CEO da Uber, Dara Khosrowshashi, assumiu o banco atrás do volante e a companhia avançou diante do principal concorrente nos EUA e melhorou receita por corrida.
  • O CEO do Walmart, Doug McMillon, começou a descarregar caminhões na gigante do varejo quando ainda era adolescente.
  • O ex-CEO do Walmart, Greg Foran, costumava visitar as lojas todas as semanas para observar fatores como atendimento ao cliente, níveis de estoque, níveis de estoque e sortimento.
Acompanhe tudo sobre:Starbucks

Mais de Negócios

Ele só queria um salário básico para pagar o aluguel e sobreviver – hoje seu negócio vale US$ 2,7 bi

Banco Carrefour comemora 35 anos de inovação financeira no Brasil

Imposto a pagar? Campanha da Osesp mostra como usar o dinheiro para apoiar a cultura

Uma pizzaria de SP cresce quase 300% ao ano mesmo atuando num dos mercados mais concorridos do mundo