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TIM não adota limites em banda larga fixa, diz presidente

O comentário do executivo foi feito em um momento em que a concorrência, como a Telefônica Vivo, coloca limite de dados em seus planos


	O presidente da TIM, Rodrigo Abreu: "Não estamos mudando as regras do jogo para nossa internet fixa"
 (Michael Nagle/Bloomberg)

O presidente da TIM, Rodrigo Abreu: "Não estamos mudando as regras do jogo para nossa internet fixa" (Michael Nagle/Bloomberg)

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Da Redação

Publicado em 15 de abril de 2016 às 15h44.

São Paulo - A TIM não está alterando seus planos de internet de banda larga fixa, afirmou o presidente da companhia, Rodrigo Abreu.

O comentário do executivo foi feito em um momento em que a concorrência, como a Telefônica Vivo, coloca limite de dados em seus planos.

"Não estamos mudando as regras do jogo para nossa internet fixa. Não estamos colocando limites na nossa banda larga fixa", afirmou o executivo.

Abreu explicou que a oferta da TIM se restringe a São Paulo e Rio de Janeiro, com cerca de 300 mil usuários hoje. Por enquanto, não há planos para expandir o foco de atuação, acrescentou.

Abreu falou durante evento da TIM para apresentar a nova marca da operadora, que inclui uma mudança na sua identidade visual.

Cobertura de 4G

Abreu afirmou que a cobertura de internet 4G da companhia será maior que a de 3G daqui dois anos, com abrangência de mais de 90% da população urbana.

Atualmente, a oferta de 4G da companhia está acima de 63%, afirmou o executivo. A TIM tem um plano de investimentos de cerca de R$ 14 bilhões em três anos, a partir de 2016.

"O pico de investimentos ocorre em 2015 e 2016, que são dois anos de construção maior de rede nova. A nossa rede de 4G, que cobria 40 cidades no início de 2015, tem oferta para 411 cidades no início de 2016", explicou o executivo.

Rodrigo Abreu afirmou que a TIM continua a investir em 3G para melhoria dos serviços, embora o foco seja 4G. Já 2G deve ficar como uma estrutura secundária, de suporte, em serviços como máquina a máquina (M2M).

Na expectativa do executivo, a transição da 3G para 4G deve ser mais rápida do que da 2G para 3G. "Esperamos ter o 4G como mais de 50% da nossa base de usuários em menos de dois anos", afirmou.

Nesse sentido, o executivo disse que o uso das frequências de 700 MHz para internet 4G começa no final do ano.

"Existem uma série de discussões sobre 700 MHz para tentar antecipar em algumas cidades. Se isso for possível, vamos aplicar antes do cronograma oficial, porque essa frequência nos ajuda a ir para cidades de porte menor, onde a cobertura é mais eficiente do ponto de vista econômico", afirmou.

Impeachment

Abreu afirmou que a mudança de "interlocutor" pode alterar o cronograma da reformulação do marco regulatório de telecomunicações, pela Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel).

"As mudanças sempre vão depender de interlocutores e, nesse sentido, temos feito um trabalho muito bom com a Agência e os agentes que estão aqui. E nossa expectativa é continuar. Agora, é óbvio que, se muda o interlocutor, muda o timing", afirmou o executivo, ao ser questionado sobre a crise política nacional, com possibilidade de impeachment da presidente Dilma Rousseff.

O executivo ressaltou que o contato atual tem sido "muito favorável e proveitoso". A companhia está "bastante satisfeita com o diálogo".

Sobre as sinalizações recentes da Anatel e do Ministério das Comunicações sobre o marco regulatório, Abreu afirmou que foi possível enxergar os princípios de mudanças nas quais a TIM acredita, como encerrar o modelo de concessão e manter apenas o sistema de autorização para oferta de serviços no setor.

Para ele, é necessário um equilíbrio entre as empresas de modo a ter uma universalização em todos os serviços, não só em soluções fixas.

Além disso, Abreu afirmou que é preciso pensar em maneiras para expandir a rede também com recursos de incentivos e analisar mudanças no ambiente de frequência. "Mas daqui para frente ainda tem muito para ser discutido", acrescentou.

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