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Samarco vai adotar plano de demissão voluntária

A mineradora Samarco aceitou proposta de sindicatos de trabalhadores para a adoção de um Programa de Demissão Voluntária para desligar 40% dos funcionários


	Barragens de rejeitos da empresa de mineração Samarco se rompem em Mariana (MG)
 (Ricardo Moraes/REUTERS)

Barragens de rejeitos da empresa de mineração Samarco se rompem em Mariana (MG) (Ricardo Moraes/REUTERS)

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Da Redação

Publicado em 3 de junho de 2016 às 17h38.

Rio de Janeiro - A mineradora Samarco aceitou proposta de sindicatos de trabalhadores para a adoção de um Programa de Demissão Voluntária (PDV) para o desligamento de 40 por cento dos cerca de 3 mil funcionários, devido ao rompimento de uma barragem da empresa no ano passado, disse a mineradora nesta sexta-feira.

Joint venture da mineradoras Vale e BHP Billiton, a Samarco paralisou suas operações desde o colapso da sua estrutura em Mariana (MG), que deixou 19 mortos, centenas de desabrigados e poluiu o rio Doce.

Em uma nota, a companhia frisou que desde o desastre, em 5 de novembro, tem feito o possível para preservar empregos, já tendo adotado férias coletivas, licença remunerada e dois períodos de suspensão temporária do contrato de trabalho. A Samarco, entretanto, considera que chegou a um ponto em que são necessários ajustes na força de trabalho. "A empresa entende que a proposta dos sindicatos representa uma alternativa respeitosa, diante das circunstâncias atuais", explicou.

A Samarco reafirmou seu objetivo de retomar a operação ainda neste ano, com 60 por cento de sua capacidade, mas ponderou sua incerteza sobre a obtenção de licenças.

"Não sabemos quando serão concedidas as licenças para a volta da operação. Na melhor das hipóteses, isso pode acontecer no fim deste ano", disse a Samarco em comunicado.

Caso o PDV não cumpra a meta de demissão voluntária de 40 por cento dos funcionários, a empresa terá que demitir fora do programa, disse a assessoria de imprensa. Atualmente, a empresa tem aproximadamente 1050 funcionários em regime de suspensão temporária do contrato de trabalho, dos cerca de 3 mil funcionários que atuam em Minas Gerais e Espírito Santo, onde esta a atividade de pelotização da companhia.

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