Negócios

Quem é o Coronation, fundo com ações da Estácio e da Kroton

A oferta da Kroton “representa a opção preferível para acionistas da Estácio no longo prazo", declarou por meio de comunicado


	Sugestão: oferta da Kroton “representa a opção preferível para acionistas da Estácio no longo prazo", afirmou fundo
 (Thinkstock)

Sugestão: oferta da Kroton “representa a opção preferível para acionistas da Estácio no longo prazo", afirmou fundo (Thinkstock)

Karin Salomão

Karin Salomão

Publicado em 1 de julho de 2016 às 13h26.

São Paulo – Com o anúncio de que a Estácio aprovou a proposta de aquisição pela Kroton, o fundo de investimentos Coronation está duplamente feliz.

Ele é acionista das duas companhias de educação e chegou a apoiar a oferta de aquisição da Kroton, em detrimento da proposta da Ser Educacional, que também estava na disputa.

O fundo de investimentos da África do Sul detém 10,3% das ações da Estácio e 4,5% da Kroton, segundo o jornal Valor Econômico.

A oferta da Kroton “representa a opção preferível para acionistas da Estácio no longo prazo", afirmou em comunicado, dizendo que “possui uma quantidade de ações suficientes para solicitar a convocação de uma assembleia.”

O fundo ainda “gostaria de alertar a administração da Estácio a não exigir um prêmio injustificado que colocasse a operação proposta pela Kroton em risco”.

Além da participação nas empresas brasileiras de educação, o fundo ainda tem participações na Naspers, grupo de mídia da África do Sul, no buscador chinês Baidu, na indiana Tata Motors e na holandesa Heineken.

A China é responsável por 21,7% da exposição de seus ativos, seguida da Índia e do Brasil. A África do Sul é o quarto país onde eles têm maior exposição.

O fundo foi criado em 1993 e, hoje, administra US$ 41 bilhões em ativos. Em sua cultura empresarial, ele destaca que os seus funcionários detêm 25% da companhia.

O Coronation se descreve como “uma casa de investimentos voltada ao longo prazo e à valorização. Nossa experiência em mercados emergentes nos proporcionou uma base excelente de treinamento para investimentos disciplinados em ambientes altamente voláteis”.

Para que o fundo invista em uma empresa, 40% do seu faturamento precisa ser em mercados emergentes.

Outros acionistas em comum

Ele não é o único acionista com participação nas duas empresas. Juntas, elas têm dez acionistas comuns.

Estes, que são de fundos estrangeiros a bancos de investimentos, possuem 46% da Estácio e, ao mesmo tempo, 32% da Kroton. Entre eles, estão Oppenheimer, BlackRock, Coronation e Capital World Investors.

O Oppenheimer Funds é o maior acionista da Estácio, com 18% de participação. A família da empresa, seguida pelos Zaher e pela Coronation Fund Managers, que possui 10%.

A BlackRock, que gerencia cerca de US$ 4 trilhões em ativos, tem ações de quase 100 empresas brasileiras. 

Acompanhe tudo sobre:aplicacoes-financeirasCogna Educação (ex-Kroton)EmpresasEmpresas abertasFundos de investimentoFusões e AquisiçõesMercado financeiroSetor de educaçãoYduqs / Estácio

Mais de Negócios

The Led compra Invian para deixar as propagandas físicas e digitais mais próximas

No meio da pandemia, eles apostaram em seguro viagem. Hoje faturam R$ 72 milhões

Eles venderam um negócio nos EUA por R$ 30 milhões. E vão usar este dinheiro no Brasil

Com Black Friday, pequenas e médias empresas digitais faturam R$ 601 milhões em novembro