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Nestlé deve ter prazo maior para vender marcas

Segundo fontes, a Nestlé terá que repassar um pacote com mais de dez marcas, além de receitas e segredos da produção

Nestlé: o conselho deverá adiar a data para o primeiro semestre de 2018 (foto/Divulgação)

Nestlé: o conselho deverá adiar a data para o primeiro semestre de 2018 (foto/Divulgação)

EC

Estadão Conteúdo

Publicado em 5 de outubro de 2017 às 08h55.

Última atualização em 5 de outubro de 2017 às 08h56.

Brasília - O Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade) dará mais prazo para a Nestlé vender um pacote de marcas que incluem os chocolates Serenata de Amor, Chokito, Lollo e Sensação. A exigência faz parte do acordo firmado com o conselho no ano passado para aprovar a fusão com a Garoto, que, 15 anos depois, ainda está sob discussão judicial.

De acordo com fontes que acompanharam as negociações, a Nestlé terá que repassar um pacote com mais de dez marcas - a lista completa está sob sigilo -, além de receitas e segredos da produção, para garantir que a mesma qualidade seja mantida pelo novo fabricante.

Segundo apurou o Estadão/Broadcast, o prazo para a venda vai até o fim deste mês, mas o conselho deverá adiar a data para o primeiro semestre de 2018. Isso será feito a pedido da empresa, que requisitou ao Cade mais tempo para a negociação para a venda dos ativos. O entendimento do Cade é que, se a venda não for efetivada, a fusão da Nestlé com a Garoto terá de ser desfeita.

Como foi divulgado em setembro, a Nestlé não poderá repassar as marcas para uma concorrente de grande porte, o que exclui das negociações Lacta (do grupo Mondelez), hoje vice-líder de mercado, atrás da Nestlé.

A tendência é que os ativos sejam comprados por concorrentes menores, como Arcor e Hershey's. O acordo prevê que o nome do comprador terá de ser apresentado ao Cade e aprovado antes da operação.

Procurada, a Nestlé não quis comentar o assunto. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

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