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Na crise, JAC Motors corta R$ 800 mi em investimento

Agora, serão investidos R$ 200 milhões, em vez do R$ 1 bilhão projetado inicialmente, um corte de R$ 800 milhões, ou cerca de 80% do total

JAC Motors: a redução ocorre porque o governo chinês, antes principal sócio do negócio, decidiu não investir mais na fábrica (foto/Divulgação)
DR

Da Redação

Publicado em 3 de fevereiro de 2016 às 14h40.

São Paulo - A montadora chinesa JAC Motors , que veio em 2011 ao Brasil com o plano de instalar uma fábrica na Bahia e aproveitar o apetite do brasileiro para comprar carros, foi surpreendida pela crise econômica e decidiu cortar a maior parte do investimento previsto para a construção da unidade.

Agora, serão investidos R$ 200 milhões, em vez do R$ 1 bilhão projetado inicialmente, um corte de R$ 800 milhões, ou cerca de 80% do total.

A redução ocorre porque o governo chinês, antes principal sócio do negócio, decidiu não investir mais na fábrica.

Antes, os chineses eram responsáveis por 66% da JAC no Brasil, enquanto o grupo brasileiro SHC detinha os outros 34%, segundo a assessoria de comunicação da montadora.

Nos últimos meses, as duas partes resolveram inverter a composição e a SHC passou a responder por dois terços do projeto, que continua previsto para ser erguido em Camaçari, na Bahia.

A opção do governo chinês por deixar de investir se deve a uma decepção com o mercado brasileiro de veículos.

Em 2012, os brasileiros compraram cerca de 3,8 milhões de unidades e a expectativa da JAC era de que, em 2016, esse volume saltasse para cerca de 5 milhões.

Tanto que, no projeto inicial da fábrica, a ideia era que a produção tivesse uma capacidade máxima de 100 mil unidades por ano.

Agora, com a redução do investimento, a capacidade cairá para 20 mil veículos por ano.

Mesmo sem o aporte de capital, o governo chinês continuará acompanhando as operações da JAC no Brasil e, em uma possível recuperação do mercado, poderá voltar a investir.

Para este ano, o grupo brasileiro SHC espera uma nova queda do mercado de veículos no País, para algo torno de 2 milhões de unidades, de 2,569 milhões em 2015.

Apostam também em uma lenta recuperação a partir de 2017, com uma volta ao patamar de 2012 (3,8 milhões de unidades) apenas em meados da próxima década, em 2023 ou 2024.

Em relação à expectativa de geração de emprego, a JAC ainda não sabe quantas vagas serão criadas com o novo projeto.

O que se sabe, naturalmente, é que será um número menor do que os 3,5 mil empregos diretos que seriam gerados com o investimentos anterior. Entre indiretos, a previsão era de 10 mil postos de trabalho.

No novo projeto, houve também uma alteração no modelo que será produzido.

A SHC decidiu que vai produzir o modelo T5, um utilitário esportivo compacto que deverá ser vendido em uma faixa de R$ 60 mil a R$ 70 mil, em vez do T3, que seria vendido entre R$ 50 mil e R$ 60 mil.

A decisão por um veículo mais caro se dá pela opção de investir em um segmento com maior valor agregado, uma vez que haverá redução da produção inicialmente prevista.

A JAC espera que a produção do T5 comece no início do próximo ano, o que significa que a fábrica deve ficar pronta já neste ano.

Em 2015, a JAC vendeu 5.024 automóveis e comerciais no mercado brasileiro, recuo de 40% em relação aos 8.417 vendidos em 2014.

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São Paulo - A montadora chinesa JAC Motors , que veio em 2011 ao Brasil com o plano de instalar uma fábrica na Bahia e aproveitar o apetite do brasileiro para comprar carros, foi surpreendida pela crise econômica e decidiu cortar a maior parte do investimento previsto para a construção da unidade.

Agora, serão investidos R$ 200 milhões, em vez do R$ 1 bilhão projetado inicialmente, um corte de R$ 800 milhões, ou cerca de 80% do total.

A redução ocorre porque o governo chinês, antes principal sócio do negócio, decidiu não investir mais na fábrica.

Antes, os chineses eram responsáveis por 66% da JAC no Brasil, enquanto o grupo brasileiro SHC detinha os outros 34%, segundo a assessoria de comunicação da montadora.

Nos últimos meses, as duas partes resolveram inverter a composição e a SHC passou a responder por dois terços do projeto, que continua previsto para ser erguido em Camaçari, na Bahia.

A opção do governo chinês por deixar de investir se deve a uma decepção com o mercado brasileiro de veículos.

Em 2012, os brasileiros compraram cerca de 3,8 milhões de unidades e a expectativa da JAC era de que, em 2016, esse volume saltasse para cerca de 5 milhões.

Tanto que, no projeto inicial da fábrica, a ideia era que a produção tivesse uma capacidade máxima de 100 mil unidades por ano.

Agora, com a redução do investimento, a capacidade cairá para 20 mil veículos por ano.

Mesmo sem o aporte de capital, o governo chinês continuará acompanhando as operações da JAC no Brasil e, em uma possível recuperação do mercado, poderá voltar a investir.

Para este ano, o grupo brasileiro SHC espera uma nova queda do mercado de veículos no País, para algo torno de 2 milhões de unidades, de 2,569 milhões em 2015.

Apostam também em uma lenta recuperação a partir de 2017, com uma volta ao patamar de 2012 (3,8 milhões de unidades) apenas em meados da próxima década, em 2023 ou 2024.

Em relação à expectativa de geração de emprego, a JAC ainda não sabe quantas vagas serão criadas com o novo projeto.

O que se sabe, naturalmente, é que será um número menor do que os 3,5 mil empregos diretos que seriam gerados com o investimentos anterior. Entre indiretos, a previsão era de 10 mil postos de trabalho.

No novo projeto, houve também uma alteração no modelo que será produzido.

A SHC decidiu que vai produzir o modelo T5, um utilitário esportivo compacto que deverá ser vendido em uma faixa de R$ 60 mil a R$ 70 mil, em vez do T3, que seria vendido entre R$ 50 mil e R$ 60 mil.

A decisão por um veículo mais caro se dá pela opção de investir em um segmento com maior valor agregado, uma vez que haverá redução da produção inicialmente prevista.

A JAC espera que a produção do T5 comece no início do próximo ano, o que significa que a fábrica deve ficar pronta já neste ano.

Em 2015, a JAC vendeu 5.024 automóveis e comerciais no mercado brasileiro, recuo de 40% em relação aos 8.417 vendidos em 2014.

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