Mounjaro, rival do Ozempic, pode chegar ao Brasil; veja preço
O medicamento é tido como uma versão mais eficaz e cara de seu concorrente para tratar diabetes
Repórter colaborador
Publicado em 25 de junho de 2024 às 09h52.
Última atualização em 25 de junho de 2024 às 10h57.
Lançado pela Eli Lilly em 2022 para fazer frente ao Ozempic, da Novo Nordisk , o Mounjaro é tidocomo uma versão mais eficaz e cara de seu concorrente para tratar diabetes, mas que vem sendo usado também para a perda de peso. Logo se transformou no medicamento mais vendido da Eli Lilly. Somente com o remédio, a companhia faturou US$ 2,2 bilhões no quarto trimestre do ano passado, equivalente a quase 10 vezes o valor registrado no mesmo período de 2022.
Na Eli Lilly, a perspectiva é de um aumento de receita perto de 20%, com faturamento encerrando 2024 perto de US$ 41 bilhões. O crescimento, de acordo com a empresa, deverá ser puxado por produtos como o Mounjaro. Assim como na Novo Nordisk, a oferta do medicamento não tem conseguido atender à demanda e a Eli está correndo para aumentar a capacidade de produção. Segundo a própria farmacêutica, a demanda deverá continuar acima da oferta neste ano, o que deve manter os preços elevados.
No Brasil, o Mounjaro ainda não é comercializado, apesar de já ter uma autorização da Anvisa desde setembro do ano passado. De acordo com a própria Anvisa, o Mounjaro apresentou resultados melhores que os concorrentes, como o Ozempic.
Mesmo que ainda não esteja disponível por aqui, os preços a serem praticados já foram fixados pela Câmara de Regulação do Mercado de Medicamentos, ligada à Anvisa.
Os preços poderão variar entre R$ 970 e R$ 3.836, de acordo com a alíquota do ICMS de cada estado e também pela dosagem do remédio.Cada embalagem também terá duas ou quatro canetas de uso único.
A venda, vale lembrar, só poderá ser feita com receita médica. Ainda não há um prazo para a Eli Lilly começar a vender o Mounjaro no Brasil.
Caso a pessoa opte por comprar em outro país, é preciso fazer a devida declaração para evitar que o remédio fique preso na alfândega. Esse tipo de compra é fiscalizada tanto pela Anvisa quanto pela Receita Federal.