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Magazine Luiza deve acelerar abertura de lojas em 2017, diz CEO

No ano passado, a companhia abriu 20 lojas e fechou 6 unidades

Magazine Luiza: lojas físicas são muito estratégicas para a rede (Luísa Melo/Exame.com/Site Exame)

Magazine Luiza: lojas físicas são muito estratégicas para a rede (Luísa Melo/Exame.com/Site Exame)

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Reuters

Publicado em 20 de fevereiro de 2017 às 13h29.

São Paulo - O Magazine Luiza deve ampliar o ritmo de abertura de lojas em 2017 ante 2016, de acordo com o presidente-executivo da varejista, Frederico Trajano, conforme vê as unidades físicas corroborando o forte crescimento das vendas online e em meio à expectativa de um ambiente econômico mais favorável.

No ano passado, a companhia abriu 20 lojas e fechou 6 unidades, com quase todas as abertura ocorrendo no segundo semestre. "Provavelmente será maior", disse o executivo à Reuters nesta segunda-feira, sem precisar um número.

Ele destacou que as lojas físicas são muito estratégicas para a rede, em razão do serviço de comprar no site e retirar na loja, que tem apresentado bons resultados.

O Magazine Luiza reportou mais cedo lucro líquido ajustado de 47,7 milhões de reais, revertendo o prejuízo de 43,2 milhões de reais um ano antes, reflexo da otimização de custos e forte aumento de vendas, com destaque para as vendas da rede na internet, de 41,4 por cento. [nL1N1G50EZ]

Nesse sentido, Trajano disse estar "muito confiante" na continuidade do crescimento do comércio eletrônico da rede, que no último trimestre de 2016 teve desempenho acima do esperado por analistas e muito superior ao avanço de 8,2 por cento do mercado, conforme dados da Ebit citados pela empresa.

O executivo atribuiu o forte resultado a uma execução de estratégia consistente de longo prazo voltada para esse segmento, e chamou a atenção também para a participação das vendas por meio de dispositivos móveis como um dos principais vetores para o crescimento das vendas no comércio eletrônico.

Nos últimos quatro meses de 2016, as vendas do comércio eletrônico atingiram um recorde de 26,3 por cento nas vendas totais da companhia. De acordo com Trajano, as margens do segmento também apresentaram melhora, mas ele não especificou um número.

Em nota a clientes, o BTG Pactual destacou que as perspectivas de crescimento no comércio eletrônico com expansão do marketplace ao longo 2017 vão continuar garantindo bons resultados para a companhia.

O executivo afirmou que em 2017, além de a empresa continuar o trabalho de 2016 para ganhar participação de mercado, o Magazine Luiza também deve ter a ajuda da economia, com inflação e juros menores, particularmente na segunda metade do ano.

"Não tenho dúvida de que (a economia) vai ser melhor do que no ano passado, com o primeiro semestre ainda difícil, mas o segundo mais positivo", afirmou, ponderando que não aguarda nada de extraordinário. "Não tem como ser pior do que ano passado", reforçou.

Questionado sobre a eventual fusão ou aquisição envolvendoMagazine Luiza, Trajano apenas disse que "o foco é crescer de forma orgânica, mas se tiver uma boa oportunidade vai analisar".

No ano passado, o Grupo Pão de Açúcar , maior varejista do país, deu início ao processo para alienação da participação detida na rede de eletroeletrônicos Via Varejo .

As ofertas devem começar a ser recebidas em março pelovarejista francês Casino Guichard Perrachon , que controla o GPA, e a chilena SACI Falabella e a brasileira Lojas Americanas estão no grupo de interessados, segundo fontes ouvidas pela Reuters.[nL1N1FU0LU]

Por volta das 12:50, as ações do Magazine Luiza subiam 6,4 por cento, a 174,02 reais. A máxima da sessão até o momento, as ações avançaram 8,2 por cento, a 177 reais, máxima intradia histórica.

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